As aulas do segundo semestre da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) não devem começar antes de setembro. Isso porque, mesmo que o Conselho Universitário (CUn) decida pelo retorno na reunião da próxima quinta-feira, a instituição irá precisar de pelo menos 15 dias para reorganizar o calendário e avisar aos alunos.

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– Não vamos anunciar que as aulas começam amanhã. Tem alunos que estão fora da cidade onde estudar e vão precisar de tempo para se prepararem – Explicou o chefe de gabinete da reitora, o professor Carlos Vieira.

Na reunião da próxima semana, o CUn irá avaliar se é possível começar o semestre agora que os professores encerraram a greve. Mas ao que tudo indica, só os docentes não devem garantir o início das aulas. Como o servidores técnico-administrativos continuam paralisados, é bem provável que as aulas não sejam retomadas.

Independente da resolução da próxima semana, Vieira ressalta que os alunos podem confiar no trabalho da universidade que está empenhada em regularizar esta situação da forma mais rápida e organizada possível. De acordo com o professor, a partir do momento em que o conselho definir que as aulas podem ser retomadas, será feito um trabalho de reestruturação do calendário garantindo que os alunos sejam avisados com antecedência e que as aulas sejam todas respostas.

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Servidores seguem parados

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc) a categoria segue em processo de negociação e os planos são de pressionar ainda mais o governo na tentativa de garantir uma proposta favorável à categoria.

Uma assembleia na tarde de hoje discutiu o que foi dito em um encontro da federação com o Ministério do Planejamento na semana passada. De acordo com o Sintufsc, não foi feita nenhuma nova proposta, o que mantem a greve. Os servidores estão parados desde o dia 16 de junho, quando aderira à mobilização nacional.

De acordo com o chefe de gabinete da reitoria, o professor Carlos Vieira, os trabalhos na universidade estão parados e depende da retomada dos servidores para que os processos sejam retomados.

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Além de dificultar a matrícula de novos alunos e impedir que os antigos ajustem as suas, a greve dos servidores da UFSC fez com que alguns alunos não recebessem as notas finais do semestre anterior. Destas forma, eles não tem a certeza de que cumpriram os requisitos básicos para avançarem para o novo semestre. De acordo com o professor Carlos Vieira, foi feito um acordo com o comando de greve para liberar as notas dos formandos e fazer as formaturas.

Outro problemas gerado pela greve, envolve os alunos que rebem uma ajuda da instituição para se manterem. Alguns estudantes recebe, diariamente, R$ 15 para se alimentarem no restaurante universitário. Como o estabelecimento está fechado, a universidade não tem condições de pagar por essas refeições em outros restaurantes.

Até o momento, as greves não comprometeram o vestibular de verão. Segundo o professor Julio Szeremeta, responsável pela Comissão Permanente de Vestibular (Coperve), o processo de produção das provas está em andamento e dentro dos prazos.

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Szeremeta ressalta, porém, que não há uma definição sobre a data vestibular.

– Como o Conselho Universitário suspendeu o calendário do segundo semestre, suspendeu também a data das provas.