Ao invés de alunos, pedreiros é que ocupam a Escola Estadual São José no bairro Escalvados em Navegantes no Litoral Norte de SC. Dez dias depois do início das aulas, os mais de 300 alunos ainda estão em casa por conta das obras iniciadas em dezembro passado, que ainda não foram concluídas.

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Com previsão do início do ano letivo na escola para esta quarta-feira, nesta terça ainda não havia água, energia elétrica e gás para a retomada das atividades. O gerente de infraestrutura da Secretaria de Desenvolvimento Regional, André Pitz, admitiu à RBS TV durante vistoria no colégio na manhã desta terça que se as aulas recomeçarem nesta quarta, os alunos terão dividir espaço com as obras.

– Vai ser muito difícil. A nossa preocupação, em primeiro lugar, é com o aluno. Vamos receber crianças de cinco anos e temos preocupação com a segurança desses alunos. Os noturnos também preocupam porque não temos energia, água, as salas estão completamente cheias de materiais que foram retirados dos locais reformados. Os livros estão amontoados – revelou a assessora de direção, Dalva Costa, em entrevista à RBS TV.

A sala onde funcionava a biblioteca e a sala de tecnologia, agora também comporta a direção da escola, secretaria, o núcleo pedagógico e está servindo de base para os professores.

– Tudo em uma sala só, que deveria estar livre para estar atendendo aos alunos quando chegarem. Tem salas de aula com todo o material pedagógico, os móveis da sala dos professores, temos geladeira, uma bacia onde está sendo lavada a louça utilizada pelos professores e a água é trazida em um balde e colocada ali para lavar a louça. Isso é muito precário, não é o que queremos para os nosso alunos – desabafa Dalva.

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Segundo a assessora de direção, os professores já estão se preparando para a reposição das aulas perdidas, já que os alunos têm direito há 200 dias letivos e ainda não tiveram aula neste ano. É possível que os alunos tenham aulas nos feriados, nas férias de julho e até no fim do ano, para compensar as perdas.

– Certeza de que vai começar amanhã a gente ainda não tem. Vejo muita dificuldade. Para onde vão esses móveis? Aonde vamos colocar todo o material pedagógico, para iniciar essas aulas amanhã?- questiona Dalva.

(Colaborou Patrícia Auth)