Construir. Programar. Usar conceitos de matemática e física. Trabalhar em equipe. Alunos de uma escola municipal de São José fazem tudo isso de uma forma divertida. São as aulas de robótica, que acontecem uma vez por semana na escola Maria Hortência Pereira Furtado, no bairro Potecas.
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As aulas começaram este ano, por meio de patrocínio da iniciativa privada, e já estão dando resultados. A diretora Alessandra Crozeta destaca que o comportamento dos alunos mudou de forma positiva, pois a aula desenvolve o raciocínio para a matemática e física, mas também a autoestima e autonomia da criançada.
— Percebemos que tudo melhorou. Os professores relataram que o rendimento e o interesse nas aulas aumentaram.
A turma ainda é pequena, são apenas 12 alunos com idade entre 11 e 14 anos, do 6º e 7º anos, que foram escolhidos por meio de sorteio. A aula acontece toda terça-feira, no contraturno do ensino regular. A pedagoga Ana Caroline de Paula de Souza, 24, da empresa Robomind, conta que em cada aula os alunos constroem um robô com peças de Lego. Além de construir, eles precisam programar a máquina para desenvolver determinada função dentro da temática tratada em sala de aula.
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— Cada um tem a sua função: um é o construtor, o outro é o organizador e tem o programador. Eles trabalham em grupo, isso é muito forte, um auxilia o outro, precisam ter paciência com o outro. Trabalhamos com o raciocínio lógico e conceitos de física, de matemática, conceitos que eles ainda vão aprender mais tarde, mas aqui já têm uma ideia básica.
Aprendizado e diversão
O que parece uma brincadeira na verdade é carregado de lições que ficam mais fáceis de serem aprendidas com a descontração da aula. Isadora Cristina da Silva, 12 anos, aluna do 7º ano do ensino fundamental, sabe bem disso.
— A gente tá aprendendo a fazer coisas que antes vimos nas aulas, mas agora estamos fazendo coisas legais e aprendendo mais matemática e física.
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O desafio dos alunos, além de montar cada pecinha, é programar a máquina para que ela realize os comandos solicitados pela professora. A tarefa é tirada de letra pela molecada.
— No começo foi mais difícil, mas conforme o tempo a gente vai aprendendo e já conseguimos montar mais rápido. É muito legal ver o robô funcionando do jeito que você construiu e programou — conta Nicolas Ribeiro, 12.
Tiago Porto Ramos, da mesma idade, participou da primeira aula na última terça-feira e estava adorando.
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— Minha função foi organizar e montar o robô. É um pouco difícil, mas essa é minha primeira aula, nunca tinha pensado que um dia ia montar um robô. Quero participar de todas as aulas.
Projeto piloto
O projeto de robótica foi apresentado pelo Fórum Cristão de Cidadania à Secretaria de Educação de São José e implantado no ano passado na escola municipal Renascer, no bairro Ipiranga. As aulas também são patrocinadas pela iniciativa privada e foram estendidas para a unidade Maria Hortência Pereira Furtado no início deste ano.
Segundo a Secretaria, o projeto ainda é piloto. O resultado das aulas será analisado ao longo deste ano e será avaliada a possibilidade de estender para toda a rede.
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