Em 2014, quando o Metropolitano perdeu o patrocínio master da Cia. Hering, se questionou: como e o que o clube faria para continuar a existir? Isso porque após o período de 2002 a 2005, entre a fundação e a afirmação, o Metrô sempre teve sólidos e constantes apoiadores. Foi o caso da brusquense Cajovil, que estampou a marca na parte frontal da camisa do Catarinense de 2006 até 2009, seguida pelos dois peixinhos, que estiveram no local mais nobre do uniforme do Verdão de 2010 até o fim do Estadual 2014. Era uma situação diferente, em que esforços seriam demandados para, de grão em grão, garantir as disputas da Série D do Brasileiro e da elite em Santa Catarina nos meses que viriam a seguir. Com esforços daqui, outros de lá, o clube conseguiu se manter, mas sempre com dificuldades e com abnegados que tiravam dinheiro do próprio bolso para garantir a permanência de Blumenau nos gramados do futebol profissional.

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Após um período conturbado, ao que parece o Metropolitano volta a conseguir ter uma consistência nas receitas. Embora sejam valores muito aquém do poderio que a cidade e a região têm, o montante garante, na pior das hipóteses, a manutenção do elenco. A oficialização do patrocínio com a joinvilense Red Horse, empresa de bebidas energéticas, que se junta a outras sete marcas estampadas no uniforme, é a prova de que, um dia, a galinha pode realmente encher o papo. Com contratos fechados, em sua maioria, até o fim do ano, o clube tem condições de fazer um planejamento baseado na realidade para a quarta divisão nacional, que começará no fim de maio. Se no ano passado, com uma folha de pagamento do grupo de atletas que não chegava a R$ 30 mil, o elenco chegou a incomodar, é possível imaginar algo, no mínimo, melhor para este ano.

Fazer esse tipo de projeção a poucas semanas de começar o Campeonato Catarinense parece estranho, mas é realista. Com a vaga já assegurada na Série D deste ano, o segredo para escapar dela é usar o Estadual como uma pré-temporada de (muito) luxo. Com orçamento limitado – mas ao mesmo tempo consistente – torna-se difícil bater de frente com equipes que têm investimentos muito mais maciços.

Surpreender é uma possibilidade, claro, mas fica como segundo plano quando o objetivo principal é escapar de uma maldição que já dura sete anos. Ao perguntar para um fanático torcedor esta semana se ele preferia ver o Metropolitano campeão Estadual ou conquistando o acesso à Série C, a resposta foi rápida e objetiva:

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