
Aí surge o futebol. Aluno da escolinha de futebol do professor Carioca, o menino andava cabisbaixo nos treinos. Sabendo de sua paixão pelo alvinegro, o treinador o convidou para acompanhar o jogo entre Botafogo e Avaí, na última quarta-feira, em Florianópolis. Seria a primeira vez que ele pisaria na arquibancada de um estádio e isso por si só já traria motivo para colocar novamente o sorriso no rosto do garoto. Um sonho simples, de certa forma até fácil de ser tirado do papel.
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Mal sabiam os envolvidos que dentro dessa história haveria outra: o pai de Eduardo – que leva o mesmo nome do menino – havia prometido levá-lo a um jogo do Botafogo. Vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) a caminho do trabalho, ele nunca pôde realizar o sonho ao lado do filho. A iniciativa do professor Diogo Louro, o Carioca, não fez apenas com que Eduardo assistisse ao jogo: de mãos dadas com o volante Matheus Fernandes, o garoto teve a chance de estar cara a cara com seus ídolos e entrar em campo com o elenco alvinegro.
– Antes de ele ir para o jogo, fui lá e comprei uma camisa nova do Botafogo. Quando eu fui desejar boa viagem, vi que ele estava com uma camisa velha, de 1995, que fica enorme nele. Perguntei o porquê daquilo e ele me respondeu que era para o pai estar junto durante a partida também. Foi a primeira vez nos últimos dois meses que eu vi um sorriso verdadeiro no rosto do Dudu – conta a mãe Janaína Borba.
“É só um jogo”, “são 22 jogadores correndo atrás de uma bola”, dizem.
Não, não é.
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