Deu o que falar neste ano a proibição da entrada de instrumentos musicais no Estádio do Sesi durante a Série D do Brasileiro. A medida foi uma decisão da Polícia Militar que levou em conta a questão de segurança nas arquibancadas, algo que foi muito questionado por torcedores. Na sexta-feira, esse assunto foi tema de uma conversa minha com o tenente coronel Jefferson Schmidt, comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar de Blumenau.

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Schmidt – que integra o quadro de árbitros da Federação Catarinense de Futebol (FCF) – prometeu reavaliar a medida, mas deixou claro que não é possível antecipar qualquer decisão, já que antes ele precisa se inteirar dos fatos que motivaram essa proibição.

– Temos que saber primeiro se existe uma determinação, orientação ou norma que seja externa ao Batalhão. Se for algo emitido por nós, vou ter que antes verificar histórico e perfil do torcedor. Eu como gosto muito, mas muito de futebol, pretendo verificar essa situação com mais carinho, para que a gente possa fazer algo de bom senso. Agora se essa orientação vem de cima, aí teremos que acatar – destacou em entrevista à coluna.

O comandante evitou cravar algo em cima de suposições e preferiu estudar o caso antes de anunciar qualquer medida. De qualquer forma, Schmidt foi enfático quando disse que não pretende manter a proibição da bateria da torcida organizada do Metropolitano caso tenha sido algo que não fez sentido perante o espetáculo:

– Se foi algo que partiu daqui e eu tiver condições para reavaliar, vamos estudar, verificar, e colocar a seguinte pergunta: adiantou? Sim. Então vamos continuar. Não adiantou, ou não houve necessidade, é ineficiente? Aí teremos que tomar outra atitude, outro caminho, para que a gente não perca tempo com esse tipo de situação e faça com que as coisas andem.

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A determinação de barrar a entrada de instrumentos musicais somou-se à proibição também da entrada dos rádios a pilha no Estádio do Sesi na metade deste ano. O porquê dessa decisão foi muito questionado principalmente nas redes sociais já que, pelo menos em Blumenau, não há casos em que torcedores tenham jogado qualquer tipo de aparelho em campo – tanto é que a última punição ao Metropolitano foi por conta de uma atitude de diretores junto à arbitragem, e não da torcida. Caso o bom senso realmente prevaleça no fim dessa história, teremos o retorno da charanga ao Sesi para o Campeonato Catarinense de 2017.

– Para mim isso não é um bicho de sete cabeças, mas eu preciso olhar minha competência legal antes de tomar qualquer atitude. Se depender de mim, pode ter certeza que vou fazer de tudo para que o bem do espetáculo seja preservado – finaliza o comandante.