Quer dizer, “recomeça” no que diz respeito ao pensamento para o segundo turno porque, na prática, a saga contra o rebaixamento chegou apenas à metade do caminho. Convenhamos, a não ser que o espírito de 2009 – quando o Metropolitano terminou a primeira fase como lanterna e por pouco não foi campeão do returno – seja encarnado em cada um dos jogadores, será muito difícil almejar um algo a mais. E isso não é um problema. Em um cenário de investimentos minimizados e de contenção de despesas, montar a equipe dessa forma foi apenas uma consequência para um clube que tem os olhos voltados para o sonho do acesso à Série C e que trata o Estadual como uma pré-temporada de (muito) luxo para a quarta divisão.

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Há motivos para o torcedor imaginar que é possível escapar da segunda divisão. O primeiro deles vem no setor ofensivo. Contratado para ser a grande referência no ataque do Metropolitano, Mariano Trípodi retorna à plena atividade e fará dupla com Sabiá, que vive ótima fase. No meio-campo, Willian, que antes era zagueiro, apresenta-se como uma excelente escolha para Cesar Paulista no meio-campo, e se coloca como uma opção em uma posição que sofreu com a irregularidade durante o primeiro turno. Outra questão importante é quanto ao mando de campo. O Metropolitano fará cinco dos nove jogos em casa – incluindo uma sequência de quatro partidas diante do torcedor em cinco que fará entre a quarta e oitava rodadas.

De quebra, os confrontos diretos contra Tubarão, Brusque e Inter de Lages serão fora – apenas o duelo contra o Almirante Barroso ocorrerá em Blumenau. Se pensarmos contra o rebaixamento, um pré-requisito é de que, nessas partidas contra os times de menor expressão, aconteça como no primeiro turno, quando o Verdão de Blumenau não foi derrotado em nenhuma ocasião – dois empates e duas vitórias. Vamos aguardar. Há muita água para passar embaixo da ponte nas nove batalhas que virão a seguir. Mas uma coisa é fato: é preciso contratar. E o jogo de ontem mostrou isso. É preciso qualificar posições com jogadores experientes que deem conta do recado e amenizem a pressão que virá a partir de agora. “Ah, mas não tem dinheiro”. Então tá. Nesse caso ou o grupo muda a situação, ou a porta da segundona estará aberta.

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