De bobo, Cesar Paulista não tem nada – e o nó que ele deu em cima de Mauro Ovelha neste domingo prova isso. Aproveitando-se da expulsão do lateral-direito – e ex-jogador do Metropolitano – Alexandre Carvalho, o treinador iniciou um verdadeiro jogo de xadrez em que o xeque-mate foi dado com as peças verdes da história. Quando ficou com um a mais em campo, o Verdão dominou o jogo. Criou as melhores oportunidades (três, claríssimas, ainda no primeiro tempo) e anulou as ações do Brusque.

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No momento em que Ovelha sentiu que precisava mudar, colocando o volante Boquita, Cesar respondeu pondo Charles no jogo e fazendo a equipe jogar com três atacantes. E deu certo. A pressão resultou no primeiro gol com Jean Moser, de cabeça, e seguiu durante toda a partida. Somente em vacilos da defesa do Metropolitano, uma ou outra vez, é que o Brusque levou perigo à meta defendida pelo goleiro Vilar.

Para tentar resolver o problema, o treinador brusquense sacou um volante e pôs o atacante Ricardo Lobo em jogo. Inofensivo. Cesar enxergou isso, tirou Thiago Cristian, colocou o volante Carrasco em jogo e novamente faz um nó na cabeça de Ovelha. E quando parecia que todas as peças já tinham suas funções pré-definidas, e o jogo se tornou chato, Paulo Victor entrou no lugar de Jean Moser para fazer o gol e mostrar a estrela que tem o técnico do Metropolitano.

Essa cronologia é um relatório do que foi o clássico de ontem, com a estratégia de um se sobressaindo à de outro. O Brusque, com um a menos, é verdade, foi apático durante quase toda a partida. Mal fez cócegas no Metrô, que entendeu a história do jogo e soube se comportar como manda o protocolo de jogos que envolvem tamanha rivalidade.

No fim das contas, é possível resumir o jogo como: Cesar Paulista 2 x 0 Mauro Ovelha.

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