Ele não foi um ídolo. Longe disso. Muito longe. Mas seu nome ficou marcado por um simples motivo: um gol. Haviam se passado 47 minutos e 30 segundos da etapa final do jogo entre Metropolitano e Chapecoense, no Estádio João Marcatto, quando um despretensioso escanteio mal cobrado na segunda trave vira um passe para Rafinha. O atacante, então, corta para a perna direita e cruza na canhota de Ricardo Lima, que naquele momento marcava um dos gols mais importantes da história do Metrô.
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Ricardo Lima já foi embora. Hoje atua pelo River Plate do Uruguai, mas aquele feito que completará um ano na segunda-feira precisa servir de exemplo aos jogadores que estarão em campo no domingo. Nada é impossível quando a gente fala de futebol – muito menos de Metropolitano, o clube das vitórias impossíveis e das derrotas catastróficas. Não importa o fato de a Chapecoense ser líder do returno, empolgadona por conta das seis vitórias consecutivas ou do fato de disputar nada mais, nada menos que a Libertadores da América.
É hora de repetir as atuações heroicas ao longo da curta história do clube para garantir um feito que pode tirar o Metrô da zona do rebaixamento.
Direto da Cisplatina, Ricardo Lima enviou um áudio à coluna em que relembra o momento vivido pelo time naquele 10 de abril do ano passado. De quebra, mandou um recado aos atletas. Que sirva de inspiração e seja mais um fator motivador para que o clube escape da degola.
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“Não joguem a toalha. Sei que às vezes a gente passa por muita dificuldade, mas dentro do campo temos que esquecer tudo e fazer acontecer. Dar a vida, pensar na família, nos filhos, na esposa, na mãe, no pai, nos irmãos, e arrancar motivação deles. Não é difícil. Não é impossível. O jeito é se doar mais. Quem dá 100%, dê 110%. Quem dá 80%, dê 100% e quem já dá 200%, dê 220%”.
Ricardo Lima, ex-zagueiro do Metropolitano