O principal problema é a falta de dinheiro, claro, mas uma série de outros fatores impacta nas dificuldades que o Metropolitano tem para conseguir montar o elenco para o Campeonato Catarinense do ano que vem. Como o grupo que terminou a Série D do Brasileiro foi totalmente desmanchado, a diretoria em conjunto com a comissão técnica terá de formar outro praticamente do zero. A perspectiva superficial dos dirigentes é de contratar pelo menos 20 jogadores, imaginando poder aproveitar ainda alguns atletas das categorias de base.

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Contando a disputa entre Juventus de Jaraguá do Sul e Hercílio Luz de Tubarão no último sábado pela Série B do Catarinense, o técnico Cesar Paulista já acompanhou 21 partidas, seja em São Paulo ou em território barriga-verde, à procura de reforços. Outra dificuldade identificada foi quanto à qualidade dos jogos – poucas possíveis contratações foram encontradas – e, por isso, Cesar acredita que times como Internacional de Lages e Brusque estão à frente por já ter uma espinha dorsal formada.

O mercado também está complicado e a lei da oferta e procura impera. Muitos clubes querendo trazer jogadores e poucos bons atletas à disposição. Com os salários elevados, times do Rio Grande do Sul e do Paraná – que recebem cotas de patrocínio maiores do que Santa Catarina – tendem a sair sempre na frente. Todos esses fatores acabam dificultando ainda mais, principalmente para um clube que tem interesse em se organizar para o Estadual, mas não tem um centavo sequer em caixa, como é o caso do Metropolitano.

Para Pedro Nascimento, presidente, e Cesar, treinador, resta acreditar na chance de encontrar um ou outro nome no Estado, buscar alguns em São Paulo e confiar em indicações de empresários para formar o grupo. O menos mal de toda a história é que o planejamento começou com antecedência.

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