Não sei quem é o autor da frase acima, mas ela foi dita ontem, aos 15 minutos do segundo tempo, nas cadeiras centrais do Estádio do Sesi, logo após o goleiro do Inter de Lages, Neto Volpi, fazer uma grande defesa em cabeceio de Sabiá. Com chances e mais chances jogadas para fora, o Metropolitano caminhava para mais um empate em 0 a 0 – seria o terceiro em seis jogos -, e o torcedor já lamentava o fato de que o time novamente criava, jogava melhor, mas não conseguia transformar o bom desempenho em gols. De pênalti, o próprio Sabiá tratou de amenizar o sofrimento e garantir a vitória em uma partida que, mais uma vez, trouxe à tona virtudes defensivas, mas acendeu o sinal amarelo da necessidade de haver uma referência que seja um pilar de confiança para os atletas no ataque.

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::: Sabiá desencanta e Metrô vence o Inter de Lages no Sesi

A história é simples: embora não sejam primores ofensivamente, os laterais Maranhão e Juninho vêm sendo aplicados e obedientes taticamente na defesa. As duplas Willian e Elton, na zaga, e Carrasco e Valkenedy, no meio-campo, estão sólidas, com poucos erros – tanto que o quarteto recebeu elogios do técnico Cesar Paulista ao fim do jogo. Essa formação defensiva é responsável direta, ao lado de atletas como Elber (suspenso) e Maurício (machucado) pelo clube ter tomado apenas três gols em seis jogos – com todos os defeitos, o Metrô ainda tem a segunda defesa menos vazada do Estadual. O problema é que o time segue tendo o terceiro pior ataque.

Ao fim do jogo, conversei com Sabiá, e ele mesmo deixou claro que dar confiança ao grupo é ponto fundamental para que a equipe faça os gols necessários. Se por um lado diretoria e comissão técnica não chegam a um denominador comum quanto à contratação de um atacante, embora nomes e mais nomes surjam nos bastidores, os jogadores do atual elenco precisam se virar nos 30 para dar conta do recado.

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