Após um tempo no esquecimento, a construção de um modesto estádio municipal em Blumenau foi tema de um novo encontro que ocorreu nesta quinta-feira no Ministério do Esporte. Uma comitiva do Vale do Itajaí formada pelo ex-presidente do Metropolitano, Marcelo Georg, pelo vice-presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Ericsson Luef, pelo senador Dário Berger (PMDB) e pelo deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB), se reuniu com o atual ministro Leonardo Picciani para voltar a debater o assunto e deu mais um passo importante para tirar do papel o sonho do estádio na cidade.
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Conversei nesta sexta-feira com Ericsson Luef, e ele explicou que ao fim dos Jogos Olímpicos um novo encontro será feito em Brasília para debater os detalhes para a liberação da verba a Blumenau, que já está, segundo ele, garantida para 2017 pelo ministro. Quando perguntei sobre a sua opinião a respeito do assunto Luef, que é vice de Delfim na FCF foi enfático: “senti que o dinheiro sai”.
Ao que parece, o sinal verde dado por Picciani quanto à sequência da discussão sobre a liberação da grana empolgou a comitiva. O fato do atual ministro do esporte também ser peemedebista – assim como os dois parlamentares que integraram a comitiva e o próprio presidente interino do Brasil – foi um aliado para convencê-lo da necessidade que a cidade tem de um estádio municipal.
O processo, a partir de agora, consiste em adaptar algumas questões no projeto para que ele possa ser contemplado com o montante necessário para sua construção. Luef disse que toda a parte burocrática será feita nesse ano para que o valor total – que gira em R$ 12 milhões – possa ser liberado ainda no primeiro trimestre do ano que vem e, se tudo correr da forma esperada, iniciar as obras em 2017. “Pelo que eu senti o estádio de Blumenau vai sair do papel”, afirmou Ericsson ao final da ligação. A capacidade da arena seria para pouco mais de 4 mil torcedores.
Tudo que envolve o estádio municipal aqui na cidade traz consigo um punhado de ceticismo. É quase que inevitável. O torcedor e amante do esporte em Blumenau já viu maquetes na entrada da prefeitura, já recebeu promessas e tapinhas nas costas, já se iludiu com propostas astronômicas e projetos de captação de recursos que, na prática, nunca saíram do papel. Mas ao que parece, a atual ideia de um estádio modesto, que não se alimente de tantos recursos públicos, aliada à pressão que vem sendo feita por figuras importantes do cenário político nacional, deu passos (no plural) largos para que, finalmente, a coisa saia do rascunho.
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Até eu, que também sou cético, estou começando a acreditar que é possível.