É tempo de eleição. Tempo dos tapinhas nas costas, dos sorrisos nem tão sinceros, de correntes positivas e da boa e velha demagogia aliada à esperança que insiste em pairar sobre nós de quatro em quatro anos. Para nós, amantes do esporte, tempo de cobrar e sugerir aos candidatos aquilo que queremos que seja colocado em prática nos 48 meses que virão pela frente. Tempo suficiente para que pelo menos três pontos saiam do papel, dando passos importantes, saindo da mesmice – a popular zona de conforto – e recolocando Blumenau como celeiro não só de grandes atletas, mas também de grandes clubes:

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Pensem no Galegão não somente como um local para cultos de igreja, casamentos coletivos e recreação infantil. Pensem no nosso Ginásio Sebastião Cruz como o palco municipal dos grandes eventos esportivos. O coração do esporte precisa pulsar ali. Para isso acontecer, corrijam um erro de anos atrás. Ampliem a quadra. Não inventem desculpas. O Galegão precisa ser reformado para voltar a receber o futsal e o handebol, modalidades que até pouco tempo atrás nos trouxeram grandes alegrias.

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Criem programas de alto rendimento, mas alto rendimento mesmo, sem que a prática do esporte seja apenas uma diversão para preencher as horas do dia a dia dos nossos jovens. É óbvio que o desenvolvimento de crianças é importante, mas chega de pensar só nelas. É hora de sair da caixa. Pensem no atleta que essa criança pode se tornar. Pensem em dar um futuro para ela esportivamente falando, aproveitando o empurrão dado pelo Jogos Olímpicos, poucos dias atrás.

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Por fim, encontrem formas de aproximar novamente a iniciativa privada dos clubes que, por si, geram os nossos atletas. Isentem empresas de tributos e tragam incentivos para que apoiem financeiramente o esporte. Chega de rifas, de carreteiros e feijoadas. Chega de esmola. Sejamos referência na gestão esportiva com projetos e ideias alternativas para, de uma vez por todas, voltarmos a ser aquela Blumenau que lota estádios e ginásios e exporta nomes mundo afora. Não aquela que fica regurgitando conquistas do passado e tirando a poeira de 41 troféus de Jogos Abertos que, se nada de novo for feito, ficarão apenas na memória.