Legado. Palavra hoje comum, utilizada nos mais diferentes discursos, e que resume aquilo que todo atleta espera: valorização e infraestrutura. São seis letras juntas que correspondem ao sonho daqueles que ainda esperam ter um lugar ao sol no esporte, mas que, embora simples de falar, é algo difícil de ser colocado em prática.
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O momento de festa que estamos vivendo agora com os Jogos Olímpicos pode e deve ser valorizado. Temos belíssimas praças desportivas, repercussão para esportes que poucas vezes aparecem na mídia e verbas astronômicas dedicadas às modalidades. Ah, se continuar sendo sempre assim. Ah, se tudo isso dure muito mais do que apenas as próximas duas semanas.
A ressaca do dia 22, primeiro dia após o fim da Olimpíada, precisa marcar também o início de um tempo de renovação quanto às políticas públicas do esporte. E não temos que esperar isso do governo federal. Atletas de punhobol que pagam a sua própria alimentação em competições, handebol feminino que ano a ano passa o chapéu para pagar suas contas, vôlei masculino que abre mão de vaga em Superliga por falta de apoio são exemplos suficientes para mostrar que Blumenau também tem que discutir o assunto.
O ano é propício. Eleições são marcadas por debates que, por sua vez, norteiam as promessas daqueles que querem tomar frente à gestão da nossa cidade e das 42 modalidades que vêm juntas no pacote. Para que tenhamos mais Dudas, Moacirs, Bagios, Jonathans, Rosanes (os blumenauenses presentes nos Jogos), precisamos de um empurrão: o nosso legado.
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