Em 2015 o futsal de Blumenau precisou dar um passo para trás pensando, em breve, dar dois à frente. O time deixou a Liga Nacional de Futsal e com um orçamento bem menor focou em competições estaduais, como o Campeonato Catarinense e a Copa Santa Catarina. Sem garantir vaga aos Jogos Abertos de Santa Catarina – que depois foram cancelados, é verdade – e eliminada nas duas competições que disputou no ano, a direção da AD Hering Futsal chegou a pensar poucos dias atrás em nem mesmo manter o time adulto para 2017.

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A possibilidade de renovação com patrocinadores e novas oportunidades, porém, tiraram essa hipótese da cabeça da diretoria, capitaneada por Jorge Schwartz, o Jorginho. Conversei com ele sobre esse e outros assuntos que dizem respeito ao futuro do futsal de Blumenau que, da surpreendente e incrível participação na Liga Nacional em 2014 ficou à beira de abrir mão das principais competições em 2017. Confira:

Você é um homem sozinho querendo fazer futsal em Blumenau?

Não, nós temos várias pessoas que ajudam. Sozinho? Nunca estive. Tenho a Fundação Municipal de Desportos ao meu lado e dela não posso reclamar. Eu seria injusto se fizesse isso. Tenho a minha diretoria que sempre deu respaldo. Talvez para brigar na rua para buscar patrocínios pudesse ter alguém mais perto. Mas hoje tem bastante gente ajudando.

Existiu uma preocupação com a manutenção do time?

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Até um mês atrás nos estávamos muito preocupados com isso. Está muito fácil dizer não. “Não vou patrocinar porque a empresa não está bem” foi algo que ouvi muito. Visitamos umas 60 empresas desde o começo do ano e a gente percebe a dificuldade imposta pela crise.

O que dá para projetar para 2017?

No mínimo, manter o que a gente tem hoje. Os patrocinadores já me anteciparam que devem continuar. Não tenho a certeza, o contrato em mãos, mas a tendência é de conseguir manter o que fizemos esse ano.

A tendência para o ano que vem é de que seja como esse ano, com um time simples?

Se não vier nada diferente, se não tivermos algum patrocinador com cota maior, sim. Semana que vem tenho uma reunião importante com um possível apoiador. Se der certo, podemos começar a pensar em algo diferente. Não posso antecipar se é Liga Nacional ou outra competição, mas aí teremos a esperança

de ter um algo mais.

Existe alguma vaga na Liga Nacional à disposição de Blumenau?

Tem. Nós saímos com uma imagem muito boa da Liga em 2015, cumprimos todas as obrigações de quem nos alugou a vaga e todos lamentaram a desistência da AD Hering neste ano, por conta do modelo de clube, de gestão e idoneidade. Há quem converse comigo e diga “olha, o dia que você precisar de uma vaga, me avisa”. Tem que ser o mais cedo possível, é claro, mas existe essa possibilidade.

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O próximo prefeito promete dar atenção ao Galegão e buscar a reforma para transformar a quadra em 20 por 40 metros. Qual o impacto disso para vocês?

Muda tudo. É na região central, tem um apelo diferente, é mais fácil vender uma placa de publicidade, tem retorno de público. O apelo comercial é diferente. É na Vila Germânica, ao lado tem o Parque Ramiro Ruediger. Os pais podem assistir ao jogo, levar o filho para brincar no parquinho e depois comer algo em algum restaurante perto. É um contexto, que atrai o público.

O futsal de Blumenau nunca vai acabar?

Isso não posso garantir. Acho que uma hora tem que sair das minhas mãos e das mãos da AD Hering. E gostaria de participar da transição, para ajudar.

Como você imagina isso? Com a criação de uma associação específica, como um Blumenau Futsal?

Essa é a saída. É um crescimento da modalidade, com um projeto consistente, tendo o suporte de uma experiência enorme como tem a ADHering. Estamos há muito tempo tocando uma só modalidade. Imagino uma passagem para algo melhor, justamente para melhorar.

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