O Metropolitano emitiu um comunicado oficial nesta sexta-feira onde lista os objetos que não poderão ser levados para o Estádio do Sesi, no sábado, na partida contra o Ituano-SP. Entre itens óbvios, como armas de fogo, armas brancas e objetos de vidro, é a primeira linha que chama a atenção: “rádios portáteis, popularmente conhecidos como rádios a pilha não poderão ser levados para as arquibancadas”. Como assim?

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Essa não é a primeira vez que os “radinhos” são pivôs de uma polêmica aqui no Estado. Na terceira rodada do Campeonato Catarinense, torcedores do Metrô que foram até o Estádio João Marcatto, em Jaraguá do Sul, para acompanhar o clássico contra o Brusque foram barrados por estarem com o aparelho. Em meio ao “disse me disse” a PM se posicionou e, em entrevista, o Major Aires Volnei Pilonetto, do centro de comunicação, afirmou que havia ocorrido um “ruído na comunicação” e que “não existia nenhuma proibição da corporação para rádios nos estádios, desde que fossem pequenos”.

Ainda na quinta, entrei em contato com o 10º Batalhão de Polícia Militar de Blumenau para saber se realmente os radinhos serão proibidos, conforme consta na lista divulgada pelo Metropolitano. Em conversa com o tenente Robson Dias Savitraz, ele confirmou que a determinação geral é essa, e que a liberação da entrada dos aparelhos vai depender do momento. Savitraz disse que por se tratar de uma partida teoricamente tranquila – já que não há rivalidade entre as duas equipes – a tendência é de que não haja empecilhos para que o torcedor entre com seu rádio de pilha no Sesi.

Quando perguntado sobre qual era a orientação, o tenente da PM disse que “o que vai prevalecer é a lei do bom senso”.

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O que é fato é que o rádio é um dos principais responsáveis pelo crescimento e massificação do futebol brasileiro e tem de ser respeitado por isso. Ele é um companheiro do torcedor e precisa ser entendido como algo que faz parte do espetáculo, como os jogadores, o árbitro, o maqueiro, o torcedor, e não como um problema. Não há qualquer ligação entre o rádio e a violência nos estádios, então tomara, mas tomara mesmo, que o bom senso prevaleça no final da história.