A expressão acima não é criada por mim – nem gosto muito dela, para falar a verdade – e resume um confronto que para uns é clássico, para outros, não. Metropolitano e Brusque sintetizam uma rivalidade que vai muito além dos gramados.
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É um confronto histórico, entre cidades, e que cresceu graças aos Jogos Abertos de Santa Catarina. A aproximação dos municípios e suas competitividades nos mais diferentes esportes fizeram aflorar essa disputa.
Neste domingo, os nervos estarão à flor da pele para muita gente. Conheço torcedores que encaram o jogo como o maior clássico do universo, e esse é um reflexo desse contexto histórico – totalmente compreensível, diga-se de passagem.
A imprevisibilidade do confronto ainda completa os ares de clássico. Não importa se um está bem e o outro mal, porque quando ambos entram em campo as coisas se equivalem.
Alguns dos 38 confrontos entre os dois times mostram isso. Na história recente, basta lembrar do 4 a 1 aplicado pelo Brusque do técnico Pingo no Metrô. Rodadas após essa vitória, conquistada em pleno Estádio do Sesi, a equipe foi rebaixada.
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O mesmo vale para a estreia de 2012, quando os brusquenses venceram por 1 a 0 e, ao fim do campeonato, estavam na segunda divisão. Clássico é isso. É diferente, e gera um comportamento alternativo dos jogadores.
Em campo, o Metropolitano precisará ser um pouco daquilo que foi visto de bom nos dois jogos até agora. Não basta ter a boa marcação que teve contra o Tubarão, sem que crie oportunidades. E de nada adianta ficar de frente para o gol se não houver quem balance as redes.
Para isso Cesar Paulista estuda uma mudança no meio que será confirmada no treino deste sábado. A entrada de Paulo Victor ou Mazinho é uma das opções para dar apoio no ataque e ao mesmo tempo poder de finalização. Mas vai saber. Clássico é clássico, e vice-versa, como já diria o poeta Jardel.