A imprensa boliviana, por meio do site El Deber, divulgou na tarde desta segunda-feira cinco áudios que, segundo a publicação, demonstram a relação entre uma família venezuelana com a LaMia, empresa responsável pelo voo que levava a delegação da Chapecoense no acidente aéreo de novembro de 2016. Os citados no áudios, que foram reproduzidos na matéria do El Deber, são Loredana Albacete Di Bartolomé e do pai dela, o ex-senador Ricardo Alberto Albacete Vidal.
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A publicação do El Deber ainda sugere que as informações foram obtidas após monitoramento do telefone da gerente da LaMia na Bolívia, Miriam Flores Parada, que teria sido feito por um instituto da Força Especial Boliviana de Combate ao Crime. O documento, conforme a postagem do El Deber, contém as conversas gravadas, além de fotografias e mais de 100 páginas que retratam as conversas entre Miriam e Loredana.
Nas conversas publicadas pela imprensa boliviana, Loredana exige informações da rotina contábil da LaMia para Miriam Flores Paradana, que seria a gerente da LaMia. Os áudios, de acordo com o El Deber, estão com o Ministério Público da Bolívia. Para a imprensa boliviana, Ricardo Albacete já teria afirmado publicamente que apenas arrendou aeronaves para os bolivianos, mas não teria controle sobre a LaMia. (Ouça as conversas, que estão em espanhol, abaixo).
Após o acidente o que foi divulgado era de que a LaMia pertencia a Miguel Quiroga, o piloto do avião, que também morreu no acidente, e a Marco Antonio Rocha, que está foragido. Os diálogos reforçam os indícios apontados pelo Ministério Público Federal em Santa Catarina (MPF-SC) de que a LaMia não pertence de fato aos donos. Os procuradores do MPF-SC teriam encontrado documentos que apontam que a negociação do fretamento da aeronave com a Chapecoense teve a participação de Loredana Albacete.
Investigações prorrogadas
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Também nesta segunda-feira Freddy Larrea, promotor da região de Santa Cruz de La Sierra, de onde partiu o avião, informou que a investigação das autoridades bolivianas sobre o acidente aéreo foram prorrogadas em mais seis meses. Ainda segundo o jornal El Deber, o promotor não descarta incluir nas investigações as suspeitas de que a família Albacate dirigia a LaMia.
Áudio 1