No ano que vem, Guaramirim irá lançar uma licitação para a concessão dos serviços de transporte público da cidade. Seguindo os trâmites obrigatórios por lei, antes de lançar o edital, a Prefeitura irá realizar três audiências públicas, escutando o que a população e entidades representativas esperam do transporte coletivo. A primeira ocorre na quarta-feira, às 18h30, na Associação Empresarial de Guaramirim (Aciag). A expectativa é de lançar o edital em março de 2015.
Continua depois da publicidade
Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano da cidade, Iran Wedi Siqueira, o contrato com a Canarinho, atual prestadora do serviço, está vencido há pelo menos quatro anos. Ele explica que havia um plano para realizar, primeiramente, a revisão do plano diretor da cidade, para então contratar uma empresa especializada que faria estudos sobre a mobilidade urbana de Guaramirim. Assim, haveria mais embasamento na hora da licitação. Porém, por causa do volume de informações, o trabalho de revisão do plano diretor atrasou – a previsão era finalizá-lo neste ano, porém, o documento só deve estar pronto em 2015.
Percebendo que poderia haver ainda mais demora na realização de um estudo, a Secretaria de Planejamento abraçou o estudo sobre a mobilidade, que está sendo realizado desde novembro pelos técnicos municipais. Uma pesquisa realizada em 2011 está sendo usada como base para a atualização. Agora, averiguações quanto às linhas de ônibus existentes e algumas demandas são verificadas, assim como o valor da tarifa e a necessidade ou não de subvenção.
Moradores pedem mais horários
Para Jocelia Silva Ramos, moradora do bairro Corticeira, uma das maiores necessidades da cidade é de mais horários de ônibus.
Continua depois da publicidade
– Dependendo da linha, há apenas dois ônibus por dia – conta ela, lembrando que há moradores que desembarcam no bairro Corticeira e seguem a pé até o bairro Poço Grande, por causa da falta de horários disponíveis.
Entre os moradores, é comum ouvir que é mais fácil chegar em Jaraguá do Sul do que no Centro de Guaramirim. O gerente operacional da Canarinho, Rubens Missfeldt, explica que as linhas intermunicipais e as municipais são diferentes. Ele acrescenta que de 85% a 90% da demanda da cidade são justamente na linha intermunicipal.
Missfeldt ainda afirma que aumentar o número de horários seria difícil, já que a baixa demanda torna o serviço insustentável. Ele explica que o número de passageiros por quilômetro na cidade é de 0,4, contra 1,4 de Jaraguá do Sul. Ele afirma que há interesse da empresa em seguir com o serviço, mas será necessário averiguar a viabilidade econômica.
– Sem o subsídio será difícil, o sistema se torna inviável. Teríamos que chegar ao nível de Jaraguá. Para isso, para cada R$ 1 pago pelo usuário, a Prefeitura paga R$ 3. A equação é complicada.
Continua depois da publicidade