O juiz Marcelo Volpato de Souza, da Vara do Tribunal do Júri, ouviu o depoimento de uma testemunha e três peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) em audiência de instrução e julgamento do caso Camaro, que ocorreu na tarde desta quarta-feira, no Fórum de Florianópolis. As quatro pessoas foram arroladas pela defesa de Jeferson Rodrigo de Souza Bueno, 29 anos, denunciado por atropelar três pessoas, matar uma e ferir outras duas gravemente na madrugada de Réveillon, em Ingleses, no Norte da Ilha. Devido a ausência de outra testemunha, o juiz marcou a continuidade da audiência para o dia 4 de agosto, às 16h.

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Bueno, denunciado por homicídio triplamente qualificado – com as agravantes de motivo fútil, perigo comum e meio que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima -, três tentativas de homicídio – também com três qualificadoras – e crime de omissão por fugir do local do crime sem prestar socorro às vítimas, foi intimado a comparecer e será interrogado na próxima audiência, também no Fórum da Capital.

Além das oitivas, foram oficiados os departamentos de trânsito de Florianópolis e do Estado de Santa Catarina para que informem nos autos qual a velocidade permitida na rodovia SC-403, entre os números 5.650 e 5.750, onde ocorreu o atropelamento nas primeiras horas de 2017.

Bueno atropelou Cristiane Flores, 31 anos, que morreu no local, o esposo dela, Nilandre Lodi, 36 anos, que teve as duas pernas amputadas, e Gean Mattos, 22 anos. Ele fugiu do local logo após o choque. O motorista conduzia um Camaro com placas de Sapiranga, no Rio Grande do Sul (RS), onde mora e é sócio proprietário da JCR Metais, empresa especializada na produção de metais para segmentos como calçados e bolsas. Ele ficou quase seis meses foragido, e no final de maio se entregou à Justiça, mas foi liberado em seguida para responder ao processo em liberdade.

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