Se for para alcançar um sonho, não importa o número de tentativas. Esse foi o lema de Maria Luísa Martins, Ariana Lima e Maria Teresa Gurgel na manhã desta quarta-feira, durante a espera pela audição da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. As alunas da Escola do Teatro Guaíra, de Curitiba, já passaram outras vezes pelo mesmo processo de seleção de novos alunos da filial brasileira e não perdem as esperanças.
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O fato de não serem novatas nas avaliações físicas e motoras realizadas pela equipe de professores da escola conta como ponto extra para as jovens de 14 e 15 anos.
– Já sabemos o perfil que o Bolshoi busca e tentamos nos aproximar o máximo possível – diz Maria Luísa, que está na sua terceira audição e já teve que emagrecer cinco quilos na última seleção para atender ao padrão de balé clássico.
Ariana buscou uma vaga pela primeira vez aos oito anos, quando recém havia começado a dançar, e agora, com 15, voltou a Joinville para uma nova tentativa.
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– A vida de bailarina será sempre de audições como esta. Para mim, vale como mais uma experiência – avalia Ariana.
Mariléia Cani, responsável pelo apoio educacional da escola, conta que já houve candidato que conquistou vaga na sétima inscrição. Mas ela atenta para o fator idade.
– Para nós, o ideal é que com 18/19 anos o bailarino já esteja formado, porque esta é a realidade do mercado de trabalho.
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A audição da Escola do Bolshoi durante o Festival de Dança de Joinville é um pouco diferente da anual que seleciona bailarinos para iniciarem em novas turmas. Os escolhidos neste período ocupam as vagas disponíveis no momento, por isso, a instituição exige dos candidatos conhecimento prévio em dança.
Neste ano, a escola registrou 444 inscritos (366 para balé clássico e 78 para dança contemporânea) de 23 estados brasileiros, além do Uruguai e Argentina. Eles passaram por três etapas eliminatórias – aula de balé clássico, avaliação fisioterápica e entrevista.