Esportividade, avançada tecnologia e recursos de segmentos superiores são predicados do A3 sedã. A Audi aposta neste carro para enfrentar a concorrência e conquistar novos consumidores, principalmente nos EUA e em mercados emergentes, como o chinês e o brasileiro. Na apresentação, em Budapeste (Hungria), o gerente de

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marketing da Audi, Benjamin Holle, afirmou que a nova versão venderá mais do que o hatch. Na Europa, estará na concessionárias em setembro, com preço a partir de 25 mil euros (cerca de R$ 75 mil). Está previsto para desembarcar aqui no início de 2014, custando um pouco mais do que o A3 Sportback, em torno de R$ 110 mil.

A Audi investiu 900 milhões de euros na ampliação da fábrica húngara de Györ, que monta o TT e o A3 conversível, para triplicar a capacidade de produção para 125 mil unidades por ano. Mais 900 milhões de euros foram aplicados na planta chinesa.

A fabricante alemã continua avaliando a produção no Brasil. Para Holle, a maior probabilidade será a montagem do A3

hatch, lembrando que o sedã, a médio prazo, poderá ser feito também no México.

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Na Europa, terá três opções de motores a gasolina: a TFSI 1.4 de 122 cavalos e 140 cavalos, a 1.8 de 180 cavalos e uma a diesel 2.0 TDI de 150 cavalos. O esportivo S3 sedã, com propulsor de 300 cavalos, será mostrado no Salão de Frankfurt, em setembro.

Esportivo por natureza

As ruas e estradas húngaras, que lembram as condições das brasileiras, congestionadas e nem sempre em boas condições, foram o ambiente ideal para a avaliação do A3 sedã. Nos quase 200 quilômetros de ida e volta do centro de Budapeste ao castelo de Károly, em Fehérvárcsurgó, a versão 1.8 TFSI mostrou versatilidade. No tráfego pesado da cidade e depois na autoestrada, os 180 cavalos despejam potência, bem aproveitada pelo câmbio automatizado de dupla embreagem S-tronic com seis velocidades.

A 130 km/h e breves esticadas, a visibilidade é complementada pelos sensores de ponto cego do carro e com a sensação de pleno domínio, que estimulam a condução e o pé no acelerador. A suspensão mantém o sedã colado na pista mesmo em curvas acentuadas, sem qualquer oscilação da traseira. Com o Audi Drive Select, o motorista escolhe as respostas de acelerador, câmbio, direção, suspensão e amortecedores nos modos conforto, economia e esportivo. Para quem quer sentir o carro, o último é pura diversão, com a troca sequencial de marchas por borboletas atrás do volante.

No percurso em torno de cem quilômetros por estradas secundárias, com pista simples e nem sempre em condições razoáveis, algumas de pavimento precário e sem acostamento, a condução também foi tranquila. Com baixo nível de ruído, a suspensão manteve o conforto e absorveu as vibrações sem transmiti-las para o interior do veículo. A direção elétrica progressiva é precisa. Com o propulsor 1.4 com injeção direta e turbo de 140 cavalos e câmbio automatizado de sete marchas – que deverá ser a versão de entrada no Brasil -, também agradou.

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Com 4,46 metros, o sedã é 15 centímetros mais longo do que o hatch, um centímetro mais largo e um mais baixo. A frente é igual, mas as caixas de rodas são maiores e a linha de cintura mais alta, com leve inclinação do teto. A traseira tem lanternas em LED e lembra a do A4 . Mesma distância entre-eixos, de 2,64 metros, o interior é semelhante ao do hatch e o acabamento é de acordo com a versão. O espaço na frente é bom. Atrás, acomoda dois adultos e uma criança. Os 425 litros do porta-malas aumentam com bancos rebatidos.

Gilberto Leal viajou a convite da Audi Brasil