A manhã desta quinta-feira foi marcada pela morte de mais um ciclista atropelado em Itajaí, desta vez por um ônibus de transporte coletivo, no bairro São Vicente. O jovem, que morreu no local, foi a quinta vítima fatal de 2014 em acidentes envolvendo bicicletas na cidade, segundo dados da Coordenadoria de Trânsito (Codetran).

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Os mesmos números apontam apenas uma morte de ciclista em todo o ano passado. Estatísticas como essas revelam o desafio de pedalar com segurança por Itajaí. E a melhoria desse cenário, defendem especialistas, passa pela educação no trânsito e obras para mobilidade urbana.

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Quem conhece de perto a realidade sobre duas rodas defende os espaços exclusivos para as bicicletas, mas admite que é preciso avançar muito na educação para o trânsito.

– É preciso implantar a ciclofaixa por toda a cidade, mas ela precisa ser usada corretamente. Fazemos nosso mea culpa, o ciclista está deixando a desejar quanto a cumprir seus deveres. Estamos inseridos no Código de Trânsito Brasileiro e temos que cumprir as regras, o que muitas vezes não acontece por desconhecimento ou descuido – pondera o presidente da Associação de Ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú (ACBC), Henrique Wendhausen.

De olho nessa deficiência, a ACBC prepara para o próximo ano letivo um projeto de conscientização e orientação nas escolas de Balneário e Camboriú, para atacar a raiz do problema. A ação está sendo desenvolvida com as secretarias de Educação das duas cidades e com a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR). Mais tarde deve ser levada também a Itajaí.

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Com aumento constante da frota, tanto de veículos motorizados quanto de bicicletas, a Codetran também reconhece que o foco deve ser na formação desde a infância, em um trabalho que reforce a ideia de que todos estão inevitavelmente inseridos no trânsito.

– A prefeitura está implantando mais ciclovias e ciclofaixas e da nossa parte o que fazemos é intensificar as campanhas de conscientização e informação no trânsito, principalmente nas escolas. E não é só orientar o ciclista, mas todas as pessoas, porque o trânsito é um sistema em que o respeito é fundamental – afirma o coordenador da Codetran, coronel Albanir Santos.

Quanto a situação da malha cicloviária, hoje são 27,3 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, boa parte delas apresentando problemas como falta de sinalização e interligação. Recentemente foi concluído um projeto que se arrastava desde 2005, que promete ampliar essa área para 70 quilômetros. As obras iniciam com a revitalização dos 22 quilômetros existentes e a previsão é que as novas ciclovias sejam entregues em dois anos.

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