Depois de estrear no ano passado como Hors Concours na Première Brasil do Festival do Rio, o curta catarinense O Tempo que Leva, dirigido por Cíntia Domit Bittar, estreou neste sábado em Santa Catarina durante o festival Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), com a presença da atriz Mayana Neiva, protagonista do drama.
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– Conheci a Cíntia no Festival do Rio, há quatro anos. Tínhamos um amigo em comum e nos conhecemos numa sessão evento. Naquele dia ela comentou: ‘tenho um roteiro de filme e pensei em você para interpretar a personagem’ – lembra a atriz.
A personagem é Jamila, uma mulher que, na iminência do fim do mundo, sai de casa com um objetivo: consertar seu ventilador. O cenário é de caos, calor insuportável, carros abandonados, animais marinhos encalhados na costa e pessoas fugindo para o interior.
– Me apaixonei pela personagem. O que mais gosto é que é uma mulher que é dona de si mesma e exerce sua liberdade. O mundo estava por acabar e ela não tem o mesmo desespero das pessoas – diz.
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Atualmente a atriz, que tem contrato com a Globo, divide o tempo entre o Rio de Janeiro e Nova York, onde estuda cinema.
– Quando era nova eu dizia: quero ser luz para queimar o filme. É isso que quero.
Produção totalmente independente da Novelo Filmes, de Florianópolis, O Tempo Que Leva ganhou o prêmio de melhor desenho de roteiro no Frapa (Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre) e foi selecionado para os festivais Festin (Lisboa) e 54º Festival Internacional de Cinema de Cartagena de Índias (Colômbia), o mais antigo e um dos mais tradicionais festivais de cinema da América Latina.