A atriz carioca Léa Garcia morreu aos 90 anos, em Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (15). De acordo com o filho e empresário da artista, Marcelo Garcia, a atriz teve um infarto e chegou a ser encaminhada para o Hospital Arcanjo São Miguel, mas não resistiu. As informações são do g1 RS.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

Léa, que contabilizava mais de 100 produções na carreira, entre cinema, teatro e televisão, estava na cidade para ser homenageada com o Troféu Oscarito – tradicional honraria concedida desde 1990 a grandes nomes do cinema brasileiro – nas premiações da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado.

A artista possui quatro troféus do Festival, os Kikitos, com “Filhas do Vento”, “Hoje tem Ragu” e “Acalanto”, além de ter sido indicada ao prêmio de Melhor Atriz pelo Festival de Cannes, com “Orfeu Negro”, no qual interpretou a personagem Mira.

Filme de diretor cultural de aldeia de Palhoça é premiado no Festival de Gramado

Continua depois da publicidade

Léa também consolidou papéis marcantes em produções como “Selva de Pedra”, “Escrava Isaura”, “Xica da Silva” e “O Clone”, além de ser peça fundamental na quebra da barreira dos personagens até então destinados a atrizes negras.

Quando eu estava começando no mundo das artes ela já brilhava nas telonas. Léa Garcia é uma inspiração. Doce, gentil, talentosa, uma estrela, uma pérola. Precisamos reverenciá-la todos os dias afirmou a atriz Zezé Motta, que também recebeu o Troféu Oscarito, em 2007.

Atriz teve carreira consolidada e era muito respeitada no meio artístico (Foto: Divulgação)

Nota do Festival de Cinema de Gramado

É com imenso pesar que a organização do Festival de Cinema de Gramado informa que a atriz Léa Garcia faleceu na madrugada de hoje (15), no hotel que estava hospedada em Gramado. A atriz receberia o troféu Oscarito na noite de hoje, ao lado de Laura Cardoso. De acordo com o Hospital Arcanjo São Miguel, a causa da morte foi um infarto agudo do miocárdio.

Dona Léa Garcia havia chegado a Gramado no último sábado (12) acompanhada do filho, Marcelo Garcia. A atriz circulava diariamente pelo evento, onde acompanhou diversas sessões no Palácio dos Festivais. Em uma de suas passagens pelo tapete vermelho, a atriz afirmou ao portal Acontece Gramado ter “um enorme prazer em estar mais uma vez em Gramado. Esse calor, essa receptividade com a qual a cidade nos recebe. Aqui tem um leve sabor de chocolate no ar. Obrigado a todos que fazem o festival, que participam e que concorrem. Aqui me sinto sempre prestigiada“.

Continua depois da publicidade

Léa Garcia possuía uma história antiga com Gramado, conquistando quatro Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Aos 90 anos, a veterana detinha de um currículo com mais de cem produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.

Atuando em produções para televisão, cinema e teatro, Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone. Foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras. Tornou-se, assim, uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade de suas atuações.

Dona Léa seguia ativa nas artes cênicas. Em 2022, atuou nos longas Barba, Cabelo e Bigode, Pacificado e O Pai da Rita. Ontem (14) havia confirmado negociações com a TV Globo para atuar no remake da novela Renascer.

Possíveis alterações na programação do Festival de Gramado serão anunciadas em breve pela organização”.

Continua depois da publicidade

Leia também

Apagão nacional deixa cerca de 600 mil pontos sem luz em SC

FOTOS: relembre apagão que deixou Florianópolis sem luz por 55 horas