A menina loura com rosto delicado e traços finos, mas de olhar decidido desde cedo, mostrava já nos primeiros passos no universo da arte, em Blumenau, que queria alçar voos mais altos e conquistar outros horizontes. Desde pequena, Paula Braun, hoje com 34 anos, fazia balé no Pró-Dança enquanto descobria a magia do teatro que a conquistou.

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Fez diversos cursos na área e, enquanto interpretava em São Paulo a personagem Bilenka na peça Os Camaradas, da Cia Carona, chamou a atenção de um produtor de elenco. Não deu outra: foi chamada pelo diretor Heitor Dhalia para uma participação no filme Nina e, mais tarde, em O Cheiro do Ralo.

Foi o que bastou para ganhar destaque nacional. Decidiu então, em 2006, se mudar para o Rio de Janeiro em busca de novas oportunidades na área. Na Cidade Maravilhosa, além de atuar no teatro, fez cinema e algumas participações na tevê – apareceu em O Sistema, Tudo Novo de Novo e em uma temporada de Malhação.

Em outubro de 2010, veio o maior desafio de sua vida: a maternidade. Flora é filha de Paula e do ator global Mateus Solano, com quem casou em uma cerimônia íntima na capital carioca em setembro de 2011.

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Mateus, que costuma fazer declarações públicas de afeto à esposa, já era fã de Paula antes mesmo do primeiro encontro:

– Admirava ela antes mesmo de conhecê- la pessoalmente. Uma atriz que também escreve, faz projetos, canta… Vou aprendendo com ela diariamente!

Disciplina e dedicação

Agora, Paula se prepara para um momento especial da carreira. Foi convidada por Walcyr Carrasco para estar na próxima novela do horário nobre da Rede Globo, Em Nome do Pai, que substituirá Salve Jorge.

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Ela interpretará uma médica judia. O marido, Mateus, também estará no elenco, e no papel de vilão. Será mais um dos tantos desafios para esta taurina prática e decidida que desde pequena se aventurava, sem pestanejar, no lúdico mundo artístico.

A diretora artístico-pedagógica do Pró-Dança, Beatriz Niemayer, lembra da atriz nas aulas:

– Naquela época, ela ainda não vislumbrava a carreira que viria a fazer, mas já havia nela, e isso eu lembro, a disciplina e a dedicação. E ela falava, sempre com determinação, da paixão pelo teatro. Acho que ela veio para a dança em busca da expressão corporal que é desejável na atuação teatral.

Segunda casa

Profissionalmente falando, os primeiros passos de Paula Braun foram no grupo de teatro Arte Atroz, dirigido por Giba de Oliveira, que surgiu dentro do Núcleo de Teatro Experimental (Nute) de Blumenau. Giba relembra alguns momentos:

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– Acho que foi em 1993, ou 1994. Ela devia ter uns 14 anos. Na época, eu dava aulas de teatro no Nute. Lembro que no primeiro espetáculo que ela fez comigo, curricular para a conclusão do curso, resolvemos fazer um quadro solo com ela. Foi um sucesso, mas meu coordenador, o Alexandre Venera dos Santos, achou que a gente tinha pirado. Afinal, ela era uma garotinha de 14 anos e o palco do Teatro Carlos Gomes é imenso.

A atriz fala com carinho sobre a cidade natal e o teatro que, afirma, foi sua segunda casa em Blumenau:

– Eu passava muito tempo lá dentro. Tenho muito carinho pelo nosso teatro. Sempre volto lá. Até o cheiro daquele palco me faz falta.

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Confira a reportagem completa da Viver! da edição deste fim de semana do Jornal de Santa Catarina.