As obras de reforma da Aduana de Dionísio Cerqueira, que deveriam ser concluídas neste mês, devem terminar somente em novembro. E esse é um dos motivos que reduziu em 29,5% o movimento de caminhões na fronteira.
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Os outros dois problemas, segundo o inspetor chefe da Receita Federal, Arnaldo Borteze, foram as restrições comerciais entre Brasil e Argentina e a greve dos funcionários da receita federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Borteze informou que as obras atrasaram porque a reforma está sendo feita sem paralisação da liberação das cargas. O pátio e o galpão de conferência já foram concluídos.
O novo prédio administrativo está em andamento e falta o prédio dos despachantes, cerca e iluminação. O valor da obra, que iniciou há um ano, é R$ 9,8 milhões.
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A redução no movimento afetou principalmente as importações, de vinho, frutas, inseticidas e cosméticos, que diminuíram em 16,2%. Mesmo assim as exportações aumentaram em 67,2%.
Borteze explicou que esse acréscimo se deve principalmente ao crescimento das vendas de carne bovina para o Chile. Uma carga de 25 toneladas representa cerca de US$ 100 mil.
No entanto a venda para o Chile teve uma redução de 40% em julho (em relação ao mesmo mês do ano passado), que foi um dos meses mais fracos dos últimos anos na aduana. No entanto a Argentina deu sinal de retomada das compras de carne suína do Brasil. Também foram retomas as exportações de banana.
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Motoristas reclamam
da greve na Receita
Os motoristas de caminhão até aprovam a reforma da Aduana, mas estão reclamando da greve. José Bonifácio, que é de Barracão-PR e está transportando maçã do Chile para São Paulo, disse que chega a ficar uma semana para ter a carga liberada.
– Normalmente demorava dois dias – informou.
E não é só na aduana de cargas que houve redução no movimento. Na aduana turística, entre Dionísio Cerqueira e Bernardo de Irigoyen, no início do ano passavam três mil veículos por dia. Agora, passam somente cerca de mil.
O motivo é a inflação argentina, que elevou o preço dos produtos, principalmente combustíveis. Anteriormente muitos brasileiros atravessavam a fronteira para abastecer o veículo e fazer compras.
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