Virou bate-boca internacional o debate sobre o andamento das obras para a Copa de 2014, com a troca de farpas entre o secretário-geral da Fifa, o francês Jérôme Valcke, e o ministro do Esportes, Aldo Rebelo.

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O mal-estar começou na sexta, quando Valcke, em Londres, fez duras críticas ao modo como os preparativos para o Mundial estão sendo conduzidos no Brasil. O francês comparou a postura brasileira com a dos sul-africanos em 2010, e disse que, diferentemente da África do Sul, o Brasil está se preocupando apenas em ganhar o Mundial e não em organizá-lo, completando que o país está precisando de “um pontapé no traseiro” para agilizar os preparativos.

Na manhã deste sábado, em entrevista coletiva no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, Rebelo manifestou o seu desgosto com as declarações do francês e anunciou que o Brasil não aceita mais a interlocução de Valcke junto à Fifa, posição que, segundo ele, será comunicada ao presidente da entidade, Joseph Blatter.

– Nós temos procurado manter uma relação harmoniosa, de cooperação com todos os interlocutores. Não podemos receber de volta um comentário que é ofensivo até em uma relação pessoal, imagine alguém dizer que vai fazer isso com a sua família, com a sua cidade, com o seu país. Não tem cabimento – disparou Rebelo, que frisou que a interlocução não pode ser feita por meio de alguém que emite declarações intempestivas.

Ao saber da entrevista de Rebelo, ainda neste sábado, Valcke voltou a atacar

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– Se o resultado é que não querem mais falar comigo, se não sou a pessoa com quem querem trabalhar, então é um pouco infantil – afirmou o francês, que destacou que tem viagem marcada para o Brasil no dia 12 de março.