A quatro meses do prazo final estipulado pela Fifa, o atraso nas obras na Arena da Baixada provocaram aumento de R$ 30 milhões no orçamento. O custo da reforma, agora, chega a R$ 265 milhões.
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– O dinheiro não foi liberado, atrasaram as desapropriações e um prédio do Exército só foi liberado há algumas semanas, então todo o custo operacional da obra aumentou – justificou o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, reforçando que há também correção dos valores pelo CUB.
Segundo o dirigente, a diferença de valores deverá ser rateada pelos três entes que bancam a obra: Atlético-PR, prefeitura municipal e governo do Paraná.
– Eu disse e repeti que se custasse mais caro, o Atlético assumiria, desde que as coisas tivessem acontecido no tempo certo. Não podemos assumir o retardo de ações e omissões do Governo – afirmou o dirigente.
Mesmo com o aumento no orçamento, Petraglia garante que as obras na Arena da Baixada são as mais baratas comparadas aos demais 11 estádios construídos para a Copa.
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– O preço médio do assento será R$ 6 mil, enquanto nos outros estádios custam acima de R$ 15 mil. E não digam que é porque é reforma, porque Maracanã e Mineirão também foram. No Beira-Rio também é reforma e ficará em torno de R$ 9 mil o assento (na verdade, o custo atual é de R$ 6,7 mil) -, garantiu.
Com previsão de entrega em dezembro, a Arena da Baixada está com cerca de 71,43% das obras finalizadas, com os trabalhos concentrados agora na instalação das vigas da cobertura metálica e que dão suporte para o teto retrátil, alteração da fachada, além de acabamentos nas áreas internas de circulação e arquibancadas. A expectativa é de que em janeiro haja um jogo inaugural e até o início do Mundial sejam realizados vários testes feitos com a supervisão da Fifa, para ajustes finais.
A diferença de orçamento fez, no mês passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) questionar os custos da reforma, que tem financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O clube já apresentou as planilhas de custos ao tribunal, que agora analisa os documentos.