Desde que começou a construção da ponte na rua Erich Belz, o movimento no mercado de Sueli Maria Tressi caiu pela metade. A obra, uma reivindicação antiga dos moradores, teve início só em setembro do ano passado, mas, a partir de então, o pátio em frente ao estabelecimento, vizinho à ponte, ficou quase intransitável.
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As lajotas foram retiradas e depois amontoadas. Carros não podem parar ali em frente, e os clientes que ainda vão ao mercado têm de encarar um caminho de lama. Ao sair, deixam rastros de barro. Para complicar, desde a Quinta-feira Santa o tráfego sobre a ponte ainda sem asfalto foi liberado aos motoristas. Com o fluxo intenso, principalmente no final da tarde, já que o local se tornou alternativa ao engarrafamento na rodovia, a poeira está tomando conta do mercado e da casa de Sueli, no andar superior:
– Não consigo mais limpar. Tiro o pó e dali a pouco está sujo de novo. No começo, a gente tinha paciência, mas agora está dando estado de nervos com essa obra que nunca termina.
A comerciante conta que, em seu caso, a situação está ficando insustentável:
– Num fim de semana, tive de sair de casa e fui para a praia para não ver mais poeira, de tão revoltada que eu estava.
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>>E agora?
A Secretaria de Obras informou, por meio de assessoria de imprensa, que a obra na ponte está em fase de acabamento e que, a partir da próxima semana, começa a colocação do asfalto. Perguntada sobre quando o trabalho estaria concluído, a assessoria afirmou que a data ainda não foi definida, limitando-se a dizer que “está em vias de ser inaugurado”.