Mais de 5 mil passageiros estavam paralisados no início da noite deste sábado no Aeroporto Internacional de Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires. Das 5 mil pessoas, 2 mil estão esperando embarque desde ontem, sem explicações ou previsões por parte da companhia que desatou uma confusão, a Aerolíneas Argentinas. O hall do aeroporto transformou-se em um cenário de caos, já que os passageiros depredaram os guichês da Aerolíneas e provocaram uma fuga em massa dos funcionários da empresa.

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A confusão começou ontem quando um grupo de 60 colombianos, furiosos pelo cancelamento do vôo da Aerolíneas para Bogotá, decidiram fazer um piquete.

– Se nós não podemos viajar, mais ninguém viaja – alegavam, impedindo a passagem dos passageiros de todas as companhias aéreas.

A irritação entre os dois grupos de passageiros rapidamente foi redirecionada contra os funcionários da Aerolíneas, que até então não haviam prestado explicações sobre os atrasos e suspensões dos vôos.

Uma funcionária da Aerolíneas foi agredida pela multidão, que furiosa, também destroçou as vitrines dos guichês da empresa. Os funcionários imediatamente fugiram dos escritórios. Na seqüência, os pilotos da companhia, alegando falta de segurança, anunciaram uma greve. Eles foram imitados pelos transportadores de bagagens, que aproveitaram a ocasião para paralisar suas atividades exigindo aumentos salariais.

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Durante 24 horas a empresa optou pelo silêncio absoluto. Hoje, o porta-voz da Aerolíneas, Jorge Molina, apresentou-se perante os passageiro. Mas, sua explicação de que o caos era somente “um pequeno inconveniente do setor de tráfego aéreo” enfureceu os passageiros, que começaram a jogar-lhe objetos contundentes. Diversos passageiros retornaram para a cidade para esperar nos hotéis. Mas, outros optaram por permanecer no aeroporto, já que temem pela integridade de suas bagagens despachadas, além de perder os vôos, caso eles sejam reprogramados inesperadamente.