Moramos em um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas convenhamos que o calor de verão em Blumenau não é a coisa mais sagrada do mundo. Para amenizar as altas temperaturas, muitos dos que catam moscas na carteira não têm condições orçamentárias ou tempo para ir à praia e apelam para as opções gratuitas, e é aí que os parques viram protagonistas. O problema é que pelo menos por enquanto uma das opções prometidas à comunidade da região Norte – e que deveria estar pronta desde agosto do ano passado – não estará à disposição para o alto verão 2017/2018: o Parque das Itoupavas.

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Em câmera lenta durante o primeiro semestre do ano, a obra no local que promete ser mais uma opção de lazer evoluiu apenas 6% de março a setembro, média de 1% ao mês. Saiu dos 70% e chegou a 76,54%. Um aditivo de R$ 500 mil assinado no mês passado, porém, dará segurança financeira à empresa responsável e deve garantir um andamento mais eficaz dos trabalhos a partir de agora. É isso que garante o engenheiro Jader Novelletto, da Sovrana Engenharia. A obra entrará em fase de finalização da segunda etapa da laje – considerado um dos pontos que requerem mais mão de obra –, colocação de grama, lajotas paver, asfalto, equipamentos e instalação das redes elétrica e hidráulica.

A nova data de entrega do Parque das Itoupavas foi confirmada e está aí para a população cobrar: fevereiro do ano que vem. É praticamente um prazo limite, sem possibilidade de adiamento e o objetivo da empreiteira é evoluir os trabalhos em torno de 4% ao mês, até finalizá-los.

“Ramiro” das Itoupavas

O custo total, estimado inicialmente em R$ 2,8 milhões no fim de 2015, será de R$ 4 milhões – um aumento de 42%. Conforme o secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Régis Evaloir, o lobby para permitir esse adicional financeiro à empresa responsável pela obra era necessário para evitar mais dores de cabeça, despesas e demora.

– Caso não fizéssemos isso, teríamos que parar a obra e fazer todo o processo licitatório novamente. Aí seria preciso contratar uma empresa de vigilância para cuidar do local, o que geraria custos. Prorrogar e fazer aditivo ao contrato é mais barato do que criar outro edital – justifica o secretário.

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O parque foi licitado no começo de 2015 e teve o contrato assinado em setembro do mesmo ano. Com 49,5 mil metros quadrados ele será maior que o Ramiro Ruediger (que tem 43 mil), e foi projetado para suprir a falta de espaços de lazer na região Norte de Blumenau. Ele fica na Rua 1º de Janeiro, às margens da BR-470.

O local, quando pronto, terá pista de caminhada, ciclovia, quadras de basquete, futsal, vôlei de areia, playground, academia ao ar livre, pista de skate, bosque para piquenique e até mesmo uma cancha de bocha. O espaço tem potencial para chegar a até 1 milhão de metros quadrados e é baseado no projeto do falecido arquiteto Egon Belz, inspirado em parques como o Ibirapuera, em São Paulo, e Barigui, em Curitiba.