A morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, em 2017, será tema de filme com ator global. A assessoria de Werner Schunneman confirmou nesta terça-feira (27) ao NSC Total que ele interpretará o papel principal.
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A direção do longa será feita por Rafael Figueiredo, gaúcho que já assinou produções como Cem Anos de Érico Veríssimo e Prato do Dia. As gravações ainda não têm data de início e a equipe está em fase de estudo do personagem, segundo informações da assessoria.
A operação Ouvidos Moucos, da Polícia Federal, estava no centro das atenções em 2017. Ela investigava casos de desvio de dinheiro público na UFSC. Em setembro daquele ano, Cancellier foi acusado de obstruir as investigações. Menos de um mês depois, ele cometeu suicídio, após ser preso preventivamente, solto, e afastado do cargo que exercia.
Werner Schunneman esteve em Santa Catarina nessa segunda-feira (26) para divulgar o novo livro autoral Alice deve estar viva. Em entrevista ao portal Engeplus, em Criciúma, ele falou sobre interpretar Cancellier.
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— O reitor teve uma situação complicada de não poder entrar na universidade, local em que ele vivia há anos. Sua importância acadêmica foi abalada. Vou adorar fazer essa história e precisamos ter mais olhares sobre ela — disse o ator.
Schunneman já atuou em produções da Globo como a minissérie A Casa das Sete Mulheres e as novelas Passione e Haja Coração.
O caso de Cancellier
Em 2 de outubro de 2017 o então reitor da UFSC cometeu suicídio em um shopping de Florianópolis. No bolso, ele carregava a mensagem “Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade”. O desfecho trágico se deu pela prisão temporária e afastamento do cargo de Cancellier, durante a operação Ouvidos Moucos, em 14 de setembro do mesmo ano. Ele era acusado pela Polícia Federal (PF) de obstruir a investigação que teria descoberto um esquema milionário de desvio de verbas na universidade.
Inicialmente, a PF indiciou 23 pessoas em um inquérito com 817 páginas. O Ministério Público Federal entendeu, por sua vez, que 13 deles cometeram crimes para responderem ao processo.
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Em março deste ano, três réus confessaram os crimes e aceitaram pagar cestas básicas. Eles foram denunciados por peculato. Segundo o Código Penal, o crime ocorre quando um funcionário público apropria-se ou desvia dinheiro, valor ou qualquer outro bem de que tenha posse em razão do cargo, em proveito próprio ou alheio.
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