Aos 14 anos, o blumenauense Clei Grött começou sua trajetória nas artes no Teatro Carlos Gomes, com aulas de teatro. Hoje, aos 37 anos o ator celebra a participação na série Submersos, que estreou este mês com exclusividade no Paramount Channel Brasil, e reconhece que o encontro com o teatro foi essencial em sua formação.

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— Eu fui me apaixonando, aquilo foi muito importante porque na adolescência eu passava por muitos conflitos e era um momento de calma — relembra o ator, que é graduado em Artes Cênicas pela Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC.

Na série uma coprodução Brasil-Argentina, rodada em Florianópolis e Córdoba, Clei vive um jornalista que nasceu em uma comunidade da Capital. Leo Amaral trabalha em um jornal e possuem uma ligação com o mundo do tráfico, não porque ele consuma ou venda drogas, mas porque nasceu na comunidade que é um ponto de drogas.

— Meu personagem tem o poder de fazer essa troca de informações. Quando ele chega no morro as pessoas mais próximas a ele tem a liberdade de pergunta: ‘e aí, como estão as coisas lá embaixo?’.

A série que conta a história de um atleta de alta performance do surfe que abandona a carreira e ingressa no mundo do tráfico de drogas, divide bastante esses dois ‘mundos’.

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— As pessoas estão acostumadas ver a Floripa embelezada e voltada para o turismo, enquanto, na verdade, ela é uma cidade complexa e com contrastes muito fortes e a ficção mostra esse lugar. E mostra também o link dessas duas pontas, o que pode ser bom ou ruim — comenta o ator, que acredita que mesmo sendo uma obra ficcional apresenta lacunas da história da cidade.

Clei Grott no set de gravações de Submersos.
Clei Grott no set de gravações de Submersos. (Foto: Divulgação)

— Acho que ficção serve muitas vezes para isso. Poderíamos trazer de uma forma documental, mas na ficção isso também tem um peso grande e a gente pode usar a série como um ponto de partida para que as pessoas reflitam sobre vários assuntos, que vai além da guerra contra as drogas. Mostra também os contrastes e a diversidade de Floripa, Santa Catarina e o sul do Brasil — aponta o ator.

Com 13 episódios de 1h de duração cada, a série conta com mais de 60 pessoas no casting, entre atores e profissionais brasileiros e argentinos.

A trama

Submersos apresenta Nando Oliveira (Cassio Nascimento), um ex-campeão mundial de surfe, filho bastardo de um aristocrata de uma tradicional família catarinense. Nando é uma figura muito conhecida, um ícone e uma celebridade no esporte, mas, por outro lado, sempre teve uma vida desregrada, diferente do que se imagina como comportamento de um atleta de ponta, envolvendo-se em confusões, brigas, sempre presente nas baladas mais famosas do país.

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O argentino promoter Gabi (Mariano Bertolini), é seu amigo de infância. Os dois cresceram juntos e Gabi foi morar com o pai em Córdoba depois da separação da mãe, mas o relacionamento entre os dois se manteve, apesar da distância. Nando aposentou-se do surfe precocemente, no auge da carreira. Ao se aposentar, Nando lança uma marca de roupas com seu nome e com o suporte do amigo Gabi, se prepara para expandir sua marca para o mercado argentino. Na realidade uma fachada para seu envolvimento no tráfico internacional de drogas – em parceria com o ex-sócio de seu pai, o mafioso Mendes, vai exportar anfetaminas dentro das pranchas de surfe. O que parecia estar tudo certo, dá errado – as pranchas desaparecem, Nando é sequestrado e tudo indica que Gabi traiu o amigo de infância.