O número de manifestantes que participam do movimento contra o aumento do preço das passagens de ônibus fecharam nesta segunda-feira, no centro do Rio, chegou a 100 mil. A informação é da Coope/UFRJ, segundo o site G1.

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Ao chegar à Assembleia Legislativa (Alerj), por volta das 20h, a passeata que evoluía como um bloco de carnaval, tocando instrumentos e cantando, ficou mais violenta. Pouco depois das 22h30min, alguns manifestantes entraram no prédio e atearam fogo na porta lateral do prédio. Vidraças foram quebradas.

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Vidros do prédio da Alerj e de lojas próximas foram quebrados e o Paço Imperial foi pichado. Um grupo de manifestantes lançou fogos em direção aos policiais militares que acompanhavam a manifestação. A polícia revidou com balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo.

Cartazes trazem mensagens como “Revolto-me, logo existo”, “Verás que o filho teu não foge à luta” e “Somos filhos da revolução”. A concentração desta segunda-feira está muito mais cheia do que a da quinta-feira, quando o protesto teve confusão. Vários partidos estão representados.

Enquanto um dos líderes do movimento discursava fazendo críticas à presidente Dilma Rousseff pela parceria com o governo do Rio e a prefeitura da capital fluminense, o cineasta Daniel Zarvos, de 39 anos, tentou se apossar do microfone gritando palavras de apoio a ela.

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Assustado, o manifestante que discursava pediu para terminar a fala antes de dar a palavra a Zarvos – que não se expressou mais.

– Eu apoio o movimento e acho que temos todo o direito de protestar, mas é preciso oferecer propostas. Não dá para criticar a Dilma sem oferecer soluções melhores do que as dela – disse Zarvos, filiado ao PV.

Militantes do Psol e PCB eram hostilizados pelos demais manifestantes, que pediam que eles abaixem as bandeiras. Um princípio de tumulto e bate-boca começou entre eles. De acordo com a maioria dos que protestam, as bandeiras dos partidos devem ser substituídas pelas do Brasil.

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Durante o percurso, a passeata ganhou apoio de muitos trabalhadores que ainda estavam em escritórios localizados na via ou esperavam o fim da manifestação para ir para casa. Eles jogaram papel picado em sinal de apoio, e os manifestantes gritavam em agradecimento. “Quem apoia acende a luz”, gritavam da rua, e as luzes piscavam nos escritórios.

Duas grandes faixas na frente da multidão davam o tom do ato: “Não é por centavos, é por direitos” e “Somos a rede social”. Parte dos manifestantes que chegaram à Cinelândia, que seria o ponto de dispersão, se encaminha para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) – onde na semana passada começou a confusão com a Polícia Militar (PM). O prédio da Assembleia está cercado desde o começo do protesto para a proteção do edifício histórico.

Manifestação no Rio reuniu 100 mil pessoas

Foto: Rudy Trindade, Agencia RBS

Confira fotos das manifestações pelo país: