Aos gritos de “não ao PL 4330” e “nenhum direito a menos”, sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) fizeram um ato em frente à Usina do Gasômetro para comemorar o Dia do Trabalhador em Porto Alegre. Com críticas ao projeto que amplia as terceirizações no país, o PL 4.330, eles carregaram faixas chamando a presidente Dilma Rousseff “à luta” e prometeram pressionar os parlamentares gaúchos para derrubar o PL.

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– Vamos mandar essa mensagem para o Congresso. Não podemos aceitar esse projeto retrógrado – disse Vicente Selistre, vice-presidente nacional da CTB.

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Apesar do chamamento, Dilma foi poupada de críticas diretas. Às margens do Guaíba, os sindicalistas entoaram cantos ironizando o PSDB – “quem não pula é tucano” – e defenderam a reforma política no Brasil, aos moldes da proposta apresentada pela presidente na campanha à reeleição.

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Um grupo de rap lembrou os confrontos envolvendo a Polícia Militar e os professores no Paraná e chamou a atitude do governo de Beto Richa (PSDB) de “patifaria”.

Além de CUT e CTB, participaram do ato manifestantes ligados ao movimento indígena, juventude socialista (UJS), SindBancários, professores, profissionais de saúde, MST e Sinpro/RS.

Olívio Dutra foi um dos presentes no ato (Adriana Franciosi / Agência RBS)

Em vídeo, Dilma critica projeto

Em um dos três vídeos divulgados nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff em sua página no Facebook, em alusão ao Dia do Trabalho, a mandatária defendeu a regulamentação das atividades terceirizadas, mas destacou a necessidade de manter a diferenciação entre as atividades-fim (essenciais) e meio, nos vários setores produtivos.

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– É preciso assegurar ao trabalhador a garantia dos direitos conquistados nas negociações salariais – disse Dilma.

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Nos demais vídeos postados para marcar a data, Dilma defendeu as políticas do governo em favor dos trabalhadores e falou da necessidade de se reconhecer como legítimas as reivindicações da população “sem violência e sem repressão”, em referência indireta ao cerco policial que deixou mais de 200 pessoas feridas durante protestos de professores no Paraná.

Assista ao vídeo:

* ZERO HORA