A “tampa do Caldeirão”, como vem sendo chamada a cobertura retrátil que será instalada na Arena da Baixada, ainda é motivo de sonho e expectativa entre os paranaenses. Mesmo com a indicação da Fifa de que a estrutura não estará concluída para a Copa, o Atlético-PR ainda trabalha no canteiro de obras para viabilizar a cobertura – para o Mundial ou após ele.
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Segundo o presidente atleticano, Mario Celso Petraglia, em no máximo dois meses os componentes de instalação e acionamento da cobertura estarão finalizados, faltando apenas a colocação das placas.
– Nos comprometemos com a Fifa para que se o teto retrátil atrapalhar o cronograma e a entrega do novo estádio, que está programada para a primeira partida teste em janeiro, nós deixaremos para depois do Mundial. Já estão sendo fabricados todos os componentes da instalação, a cobertura e todo o mecanismo de acionamento, de movimentação, estando no Brasil pronto, em 45 dias, no mais tardar 60 dias e o teto retrátil será instalado. Ele não precisará ser instalado de dentro do campo e sim de fora para dentro. Não há nenhuma dificuldade caso não seja possível concluirmos antes dos jogos da Copa do Mundo – informou o dirigente.
Um ponto de indefinição é quanto à viabilidade financeira para essa tecnologia, que tornaria o estádio paranaense o primeiro do Brasil com uma cobertura retrátil, facilmente acionada para abrir ou fechar em alguns minutos. O clube já está bancando sozinho a diferença de R$ 35 milhões em relação ao orçamento inicial, que passou de R$ 184,6 milhões para R$ 265 milhões. Neste valor não está considerada a infraestrutura necessária para o teto retrátil.
– Aproveitarmos a construção e reforma do nosso estádio para complementarmos com esse quesito (a cobertura). Não consta no orçamento e em nenhum momento foi incluído nos valores qualquer gasto com o teto retrátil. Sempre foi dito que toda essa despesa ficaria na conta do clube – completou Petraglia. Para fechar a equação financeira da obra, incluindo a cobertura, o Atlético espera contar com a venda de naming rights.
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– Temos todo o conteúdo do estádio livre, a começar com o nome do complexo, e no mercado para vendermos – sugeriu o presidente.
A Arena da Baixada contou com uma parceria nesses moldes em 2005, com a japonesa Kyocera.
Com quase 80% dos trabalhos executados, as obras seguem aceleradas. Esta semana, o clube informou que a grama que cobrirá o campo de jogo já está em preparação em uma fazenda em Santo Antônio da Patrulha, a 70 quilômetros de Porto Alegre. A grama será do tipo Bermuda Tifgrand, com uma combinação com o tipo Ryegrass, tendo como diferencial o menor tempo de execução, pois já está enraizada e chegará praticamente pronta para ser utilizada em jogos. A previsão é iniciar a colocação na segunda quinzena de dezembro, pois o espaço onde será o campo está sendo utilizado para a montagem da estrutura da cobertura e também para o trabalho dos guindastes que auxiliam os trabalhos no local.