O Atlético-GO merecia a classificação para as quartas de final da Copa Sul-Americana, mas não foi feliz no dia em que a cidade de Goiânia completou 79 anos. Mesmo vencendo a Universidad Católica, por 3 a 1, na noite desta quarta-feira, no Serra Dourada, a equipe goiana foi eliminada da competição nas oitavas de final.
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O gol da Católica fora de casa, marcado por Ríos, foi decisivo, uma vez que os chilenos venceram o jogo de ida por 2 a 0. Joílson, Reniê e Márcio marcaram para o Dragão.
Nas quartas de final da Copa Sul-Americana, a Católica terá Independiente (ARG) ou Liverpool (URU) como adversário. No primeiro jogo, a equipe argentina venceu por 2 a 1. O duelo decisivo será nesta quinta-feira.
O Atlético-GO volta a atuar nesta temporada no próximo sábado, quando continuará a sua árdua missão: lutar contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A equipe goiana, 20ª e última colocada, visitará o Botafogo, no Engenhão, às 18h30min.
Já a Universidad Católica visitará o Cobresal, no domingo, em duelo válido pela 15ª rodada da primeira fase do Campeonato Chileno. Décimo colocado com 18 pontos, a equipe precisa vencer para ingressar no grupo dos oito primeiros que avançam para a fase final.
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O Atlético-GO teve, dentro das suas limitações, uma atuação primorosa no primeiro tempo. Em situação mais do que complicada no Campeonato Brasileiro, a equipe goiana tomou as rédeas do jogo para si e, desde o primeiro minuto, foi melhor em campo.
É bem verdade que o futebol apresentado pela Católica esteve longe, muito longe de ser apenas razoável. A equipe chilena, ciente da boa vantagem construída no primeiro jogo, se reservou ao direito de apenas assistir ao Atlético jogar. E pagou caro. Muito caro por tal atitude.
A pressão vista nos primeiros minutos não tardou para ser transformada em gol. O experiente Joílson, que não atuava desde o dia 23 de setembro, abriu o placar, aos oito minutos, após bela jogada de Eron com a contribuição do sempre contestado Ricardo Bueno. Empolgado, o Atlético não diminuiu o seu ritmo e chegou ao merecido segundo gol com Reniê, aos 35. Desta vez, Joílson cruzou e Ricardo Bueno foi o autor da assistência.
O primeiro tempo seria perfeito – o Atlético levava o jogo para a disputa de pênaltis – se a zaga da equipe brasileira não cometesse o seu único erro em 45 minutos. Após lançamento perfeito de Pizarro, Castillo ajeitou e Ríos completou para o gol. Gol que recolocou o até então péssimo time da Universidad Católica no jogo.
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Precisando de dois gols para avançar, o Atlético voltou para a etapa final ainda mais ofensivo. O lateral-direito Adriano deixou o jogo para a entrada do atacante Diogo Campos, que passou a atuar aberto pela direita. E a mudança não demorou para se mostrar acertada. Após pênalti discutível de Martínez em Joílson, o goleiro Márcio fez Atlético 3 a 1.
O Atlético, ciente da necessidade de marcar mais um gol, seguiu pressionando a Católica. Mesmo sem apresentar a organização necessária, a equipe goiana teve as melhores chances de gol. Márcio garantia quando o rival levava perigo – foram duas belas defesas -, mas os seus companheiros pecavam na hora de concluir, o que levava o técnico Artur Neto à loucura.
Os minutos finais foram de pura emoção. Na base da vontade, o Atlético pressionou, pressionou, mas sem a tranquilidade necessária não marcou o gol que precisava e ficou pelo caminho na Copa Sul-Americana.