Não é só o handebol que convive com a falta de recursos em Blumenau. Para se fazer presente nos principais campeonatos do país, o esporte da cidade vive na base das ações entre amigos e muita correria para arrecadar dinheiro. No ano passado um vídeo feito pelas atletas Hellory Cindy Zwicker e Paula Charlotte Pedrini Grahl viralizou nas redes sociais.
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As garotas blumenauenses haviam sido convocadas para representar o Brasil no Mundial de Bolão 16 na Alemanha e, para conseguirem, precisavam de um dinheiro que a própria confederação do esporte não fornecia. No vídeo, elas pediam apoio e divulgavam uma rifa para custear a ida ao campeonato.
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Um esporte tradicional na Europa, mas pouco conhecido no Brasil, o bolão tem em Blumenau boa parte dos melhores atletas do país e convive com situações como esta frequentemente. Segundo a técnica do time Juvenil e Adulto da cidade, Elise Pedrini Grahl, há uma série de eventos e ações no calendário do time para que consigam dinheiro para levar as equipes para os campeonatos.
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– Somos obrigados a fazer essas ações. Eles não aguentam mais só treinar, querem competir também – desabafa.
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Na agenda há uma feijoada no próximo dia 21, uma noite de sopas no mês que vem e um café colonial em agosto.
Campeã de xadrez vende latinhas de alumínio
As dificuldades de quem quer ir longe com o esporte vêm desde cedo. Que o diga a pequena Gabriela Luísa Vicente Feller, 12 anos, campeã brasileira de xadrez Sub-12 e Sub-10 dois anos atrás.
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Com o título atual, a menina de Blumenau se classificou para representar o Brasil no Pan-Americano da modalidade no Uruguai, em julho; no Mundial na Geórgia, em outubro, e Sul-Americano no Chile, em dezembro. Nos três campeonatos Gabriela deve receber da Confederação Brasileira de Xadrez o alojamento e a alimentação em cada país, mas precisa tirar do bolso as passagens e inscrições.
Para conseguir, a saída encontrada pela menina e pela mãe foi arrecadar e vender latinhas de alumínio.
– Em 2014 ela já fez uma ação arecida para conseguir ir a um campeonato. Vendemos pulseirinhas que ela fez, livros que recebi de doações, etc. Agora veio a ideia das latinhas – conta Cristiane Vicente Feller, mãe de Gabriela.
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A menina, que é um pequeno fenômeno do xadrez, precisa de pouco mais de 149 mil latas, segundo as contas da mãe. A campanha começou há poucos dias e já foram arrecadadas 7 mil.
COMO AJUDAR
Bolão
Se você quiser comprar bilhetes para a feijoada do dia 21, entre em contato pelo telefone 9962-8032.
Xadrez
Tem latinhas para doar e quer colaborar com a Gabriela? Então entre em contato pelos telefones 9116-3802 e 9935- 0473, pelo e-mail profecrisita@ gmail.com ou pelo facebook.com/cristiane.vicentefeller.