Atleta quebra recorde jaraguaense no Ironman de Florianópolis

Superar os limites do seu próprio corpo. Com esse objetivo, quatro atletas jaraguaenses disputaram a maior prova de triatlo brasileira, o Ironman Brasil, em Florianópolis. O destaque de Jaraguá do Sul foi Guilherme Grosso que completou a prova em 10h23, marcando o melhor tempo da cidade na competição.

Com 30 anos, o bombeiro militar participa da prova pela quarta vez. Guilherme relata que treinava com seu irmão Cláudio e o sonho da dupla era participar dessa prova. Entretanto, a vida prega surpresas e Guilherme perdeu seu irmão em um acidente de carro em 2007.

– Minha primeira participação foi uma forma de homenagear meu irmão em 2008. Superei meus limites e concluí a prova. Depois disso, fui buscando treinar cada vez mais e superar meu próprio tempo – relata.

A prova é considerada o maior evento de triatlo do mundo. Nela, os atletas são desafiados a percorrer 3.8 quilômetros de natação, 180.2 quilômetros de ciclismo e 42.2 quilômetros de corrida. Segundo Guilherme, o atleta deve manter um equilíbrio em todas as modalidades para ter um bom resultado.

– Quando você termina o ciclismo parece que vai faltar perna para concluir os 42.2 quilômetros de corrida, mas é emocionante quando você chega ao final da prova. Me sai melhor no pedal, não tive nenhum problema com a bicicleta – relembra.

Há pouco mais de um ano Guilherme se mudou para Jaraguá do Sul. Ele se tornou membro da Associação Triatlética de Jaraguá do Sul (Atrijar) e conheceu seus companheiros de prova que competem na mesma modalidade que ele, a amadora. Os estreantes Luiz Silva e Alexandre Innocenti Ortiz fizeram 10h37 e 12h14 respectivamente. Além disso, Charle Dellanoce Pereira se destacou na natação, com 52 minutos. Com dificuldades na corrida, concluiu a prova em 11h28.

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– O Luiz Silva também se tornou meu técnico para participarmos da prova. Eu treino todos os dias, mas de uma forma mais leve. Nos finais de semana, reunimos os amigos e fazemos treinos mais pesados – explica.

Para Guilherme, competir é bacana, mas, o principal, são os treinos porque neles consegue criar vínculos de amizade. E, durante a prova, consegue interagir com pessoas de vários cantos do País.

– Eu cheguei a uma cidade nova, sem amigos. E o triatlo me proporcionou conhecer parceiros de vida que estão ao meu lado para tudo – conta.