Atleta do Vale do Itapocu é campeão mundial de Jiu-Jitsu

A região do Vale do Itapocu é destaque mundial no jiu-jitsu. Dois atletas da academia Jaraguá Brazilian, do clube Baependi, subiram ao pódio do Campeonato Mundial da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo, que ocorreu entre os dias 14 a 16 de agosto, em São Paulo. Fabio de Mattos, de Corupá, conquistou o primeiro lugar na categoria meio pesado e absoluto, em que todos os pesos competem entre sim.

O atleta pratica jiu-jitsu há seis anos e, antes, era adepto do judô por seis anos. Ele luta por causa da profissão que escolheu, é policial militar.

– Mudei minha vida por causa da luta. No tatame eu relaxo, desestresso. Achei um equilibro lutando, não me imagino sem isso.

Mattos tenta treinar todos os dias. Segundo o policial, além do preparo técnico no tatame, realiza o físico, com natação, academia e corrida.

– Eu atingi meu pico de máximo de condicionamento para a prova. Consegui o resultado com um esforço diário de seis anos. Ainda não tenho noção da importância da competição que ganhei – destaca.

O lutador, além de conquistar os primeiros lugares em duas modalidades, trocou da faixa roxa para a marrom. Segundo o mestre, Henrique Bertolo, a mudança já estava prevista e foi uma forma de motivar o atleta.

Além de Mattos, o professor de educação física, Fernando Matille, conquistou o segundo lugar na categoria peso pluma. Matille treina apenas dez meses e tem o objetivo participar de competições. Antes disso, ele praticou atletismo por 16 anos.

– Participei da etapa classificatória, a Sul brasileira como Mattos e depois entrei no Mundial como experiência. Não me imaginava chegar tão longe. Eram cinco lutas mata-mata e perdi apenas a final – conta.

Mais dois lutadores do clube Baependi participaram da competição: o mestre, Henrique Bertolo, e a aluna Isabela Teixeira. Mas eles foram eliminados na semifinal. Segundo o mestre, competiram com quase cinco mil participantes com nível técnico altíssimo.

– O jiu-jitsu é uma luta considerada como xadrez. Não é apenas “bater”, tem que pensar formas e maneiras de lutar para vencer com a técnica. Pois, só a força não vence nessa luta – afirma mestre.