Morar em Joinville significou uma mudança completa na vida da família de Mônica Prata Bertão e João Augusto de Oliveira, que não se resumiu apenas à adaptação à cidade. Vindos do Rio de Janeiro há cerca de 10 anos, foi em solo catarinense que as filhas do casal, Luana Bertão de Oliveira e Luma Bertão de Oliveira, se apaixonaram pelo hipismo.
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Aos 12 anos, Luana alcançou um dos mais altos títulos de sua categoria e está entre os atletas que irão representar o Brasil no Sul-Americano de Hipismo, entre os dias 16 e 22 de setembro no Paraguai. Essa é a primeira vez que uma das irmãs sai do país para competir.
Na história da família, as frutas não caíram longe do pé: a irmã mais velha, Luma (14), também coleciona medalhas em diversas competições. No fim das contas, a família inteira se encantou e até os pais se envolveram com a modalidade: a mãe, a advogada Mônica, com os cuidados com os cavalos; e o pai, o comandante de navio João Augusto, já fez até curso para jurado de hipismo.
– É um esporte fundamental para mim. Não consigo viver sem, não consigo mais parar. É como uma terapia. Eu me sinto bem, relaxada – conta Luana.
Início por meio de um panfleto

Tudo começou com um simples panfleto entregue em um shopping. Morando há pouco tempo em Joinville, em 2009, eles faziam um passeio em família quando viram, no panfleto, a divulgação de aulas de hipismo. Na foto, uma menina montada em um cavalo e saltava barreiras, o que fez brilhar os olhos de Luana, que tinha três anos, e de Luma, cinco. De lá para cá, as meninas nunca mais deixaram o esporte.
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Como não havia atingido a idade mínima, Luana teve de esperar cerca de dois anos para iniciar as aulas. A rotina de Luana consiste em conciliar os estudos aos treinos, à alimentação e aos cuidados com a Baviera Itapoã – a égua que é a grande dupla de Luana. Mais velha do que a atleta, aos 17 anos, Baviera também acumula premiações. Ela já foi campeã e vice brasileira por diversas vezes, além de já ter conquistado títulos junto à Luma em outras competições nacionais, quando pertencia à irmã.
– O resultado do trabalho em equipe, e dos profissionais envolvidos, aparece na pista. E, além de você, o cavalo também é um atleta. O título é sempre em conjunto – conta Luma.
Para ser classificada, Luana, que é atleta de alto rendimento na categoria pré-mirim, participou de duas seletivas, além do Brasileiro deste ano. A primeira foi realizada em Curitiba e a segunda em São Paulo, quando ficou entre as 10 do país.