Com apenas 23 anos, a jovem Missiara Luiza Papst já pode ostentar o título de bicampeã mundial. No ano passado, ela ajudou a Seleção Brasileira de futsal feminino a vencer Portugal na final do Mundial. O feito repetiu-se na última sexta-feira, na Espanha, diante das donas da casa. Missi, como é conhecida, já descansa com a família em Ilhota, cidade onde nasceu e descobriu o que queria fazer para o resto da vida: jogar futebol.
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Missi cresceu no Bairro Vila Nova, nos fundos da Igreja Matriz e ao lado do Estádio Municipal da cidade. Foi naquele gramado que ela ensaiou os primeiros chutes, junto com os meninos, atuando como zagueira. Quando entrou no colégio, foi para o futsal e preferiu vestir as luvas. Um professor viu que ela tinha qualidade e a indicou para defender o time de Gaspar. Em 2006, começou a disputar competições estaduais e chamou a atenção do time da Unesc, em Criciúma. Ficou lá de 2007 até 2012, quando o clube fechou.
Desde o começo do ano ela defende a equipe da Unifor, de Fortaleza (CE), com quem já renovou para 2014. Experiência que a colocou pela segunda vez em um Campeonato Mundial. Ainda como reserva, ela pode ser considerada a sucessora de Jozi, atual camisa 1 do Brasil. Mesmo ficando de fora da decisão, faz questão de demonstrar o orgulho.
– É um sonho se realizando. Todo mundo quando é criança e pratica um esporte espera chegar no topo, ser campeão do mundo. E eu já fui, duas vezes – diz.
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O futsal já deu a ela também a oportunidade de terminar a faculdade de Educação Física (está na fase de licenciatura agora em Fortaleza), mas ela sonha e não espera parar de jogar tão cedo.
– Quero poder jogar fora do país. Já recebi proposta, mas achei que não era o momento certo – comenta.
No ano passado ela foi sondada por um time da Rússia, mas preferiu ficar em Criciúma. Missi é motivo de orgulho para a família Papst. A mãe Marisa e o pai Luiz Carlos contam que os parentes adoram dizer que têm uma campeã mundial.
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– Ela é muito empenhada. Às vezes ela tem oportunidade de vir passar uns dias em casa, mas prefere ficar para se dedicar a faculdade ou até para treinar – conta o pai.
A cidade também se orgulha do feito. Tanto que segunda-feira, no fim da tarde, ela repetiu o que fez no ano passado: desfilou em carro aberto e foi saudada pelos moradores. Cena que ela faz questão que se repita todos os anos.