Ativistas de vários países lançaram nesta segunda-feira (15) em Santiago uma organização global contra o abuso sexual infantil na Igreja e exigiram que o papa Francisco, prestes a chegar no Chile, mude “perdões” por “ações” para enfrentar a pedofilia.

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Francisco partiu nesta segunda-feira de Roma e chegará em Santiago para uma visita de três dias que também o levará a Temuco (sul) e Iquique (norte), antes de concluir no Peru sua sexta viagem à América Latina.

Após um seminário que questionou o papel do papa e sua inação para castigar a pedofilia interior de sua igreja, foi anunciada “a criação de uma organização internacional, global, que busca deter o abuso sexual infantil em contextos clericais”, disse José Andrés Murillo, presidente da “Fundação para a Confiança”.

A nova organização denominada “Ending Clerical Abuse” (ECA, sigla em inglês) pretende conformar “um grupo notável de advogados para poder levar aos tribunais esses crimes contra a humanidade”, comentou Sara Oviedo, ex-vice-presidente do comitê internacional dos direitos da crianças da ONU.

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Além disso, buscam documentar os casos registrados no mundo todo e apresentá-los na ONU, acrescentaram ativistas.

A iniciativa se soma a uma série de manifestações que há vários dias acontecem em Santiago para visibilizar os casos de abusos a menores nas igrejas do mundo, e em especial do Chile.

* AFP