Ativistas britânicos realizaram nesta quinta-feira uma vigília por Malala Yousafzai, enquanto médicos afirmaram que o estado da jovem paquistanesa de 14 anos baleada na cabeça pelo grupo talibã permanece estável.
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A adolescente está sendo tratada em um hospital de Birmingham, no centro da Inglaterra, depois de ter sido levada à Grã-Bretanha na segunda-feira para receber um atendimento especializado.
“O estado de Malala Yousafzai permanece estável. Ela passou uma terceira confortável noite no Hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, e os médicos estão satisfeitos com seu progresso até agora. Os vários consultores especialistas dos hospitais Queen Elizabeth e Birmingham Children continuam a avaliar seu estado diariamente”, segundo um comunicado do hospital. Sua família permanece no Paquistão, acrescentou o hospital, que também trata os soldados britânicos feridos no Afeganistão.
Malala foi baleada em um ônibus escolar no ex-reduto talibã do vale do Swat na semana passada como punição por defender o direito das mulheres à educação, em um ataque que revoltou o mundo. No centro de Birmingham, uma dúzia de ativistas dos grupos Women2Gether e Amina Women’s Group realizou uma vigília em frente aos prédios do governo local.
Os participantes seguraram cartazes com a frase “Eu sou Malala”, acenderam velas brancas e colocaram dois buquês de flores brancas e rosas no chão. Uma integrante do Amina Women’s Group afirmou à imprensa: “A corajosa Malala disse o que muitas de nós gostaríamos de dizer mas temos muito medo para isso”.
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Birmingham tem uma comunidade paquistanesa forte, com cerca de 100 mil membros – um décimo da população da cidade.
O jornal Birmingham Mail afirmou que muitas pessoas na segunda maior cidade da Grã-Bretanha ofereceram suas casas para a família de Malala enquanto ela está sendo tratada. Um porta-voz do hospital Queen Elizabeth informou ao jornal: “As pessoas estão oferecendo todo tipo de ajuda que podem pensar. Médicos de todo o mundo querem ajudar no hospital”.
“Fomos contactados por diversos grupos, que se ofereceram para organizar livros de visita on-line e organizar vigílias”, disse.
“E recebemos milhares de e-mails e ligações de simpatizantes. Muitos deles querem dar a Malala presentes e cartões”, afirmou.
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Mensagens de apoio foram deixadas no site do hospital, a maioria delas elogiando sua campanha e rezando por sua recuperação.Doações para seu tratamento, que está sendo financiado pelo governo do Paquistão, estão sendo repassadas ao Hospital Queen Elizabeth.