A ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, foi detida na manhã deste sábado em Porto Alegre. A prisão aconteceu por volta das 6h na casa do namorado da ativista, no centro da Capital, e foi feita por policiais do Rio de Janeiro, com auxílio de agentes do Departamento de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul.

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– Ela foi presa pela polícia do Rio com apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul – confirmou no início da tarde o chefe da Polícia Civil do Estado, Guilherme Wondracek.

Sininho foi levada para a sede da Polícia Federal no Aeroporto Internacional Salgado Filho e deve embarcar para o Rio de Janeiro durante a tarde.

Sininho passou a ser investigada após a prisão de Fábio Raposo, primeiro dos suspeitos de participação na morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, 49 anos, da TV Bandeirantes, em fevereiro deste ano.

Ainda segundo o jornal O Globo, Sininho negociou por meio de ligações telefônicas e mensagens de texto a compra de fogos de artifício que seriam usados em protestos no Rio de Janeiro. A descoberta foi feita por meio de interceptações de conversar telefônicas da ativista com autorização da Justiça.

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Ação prendeu 19 ativistas

Além de Sininho, outros 18 ativistas foram detidos neste sábado por suspeita de envolvimento em atos violentos durante protestos nos últimos meses no Rio. A ação foi deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que cumpriu mandados de prisão temporária, expedidos pela 27ª Vara Criminal da capital carioca.

Os detidos foram levados para a Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, subúrbio da cidade. Um professor de História, cujo nome não foi divulgado, foi detido em casa, na Urca, zona sul carioca. No imóvel, a polícia encontrou uma máscara de proteção contra gás lacrimogêneo. Computadores, laptops e até material explosivo foram apreendidos durante a ação, segundo a Polícia Civil.

Para o domingo, há dois atos contra a Copa programados pelas redes sociais no Rio. A concentração do ato organizado pelo Comitê Popular da Copa será às 10h, na Praça Afonso Pena, na Tijuca, zona norte da capital fluminense. A final está marcada para as 16h, no Estádio do Maracanã, entre Alemanha e Argentina. O comitê tem ido às ruas desde antes do início da Copa. Entre as reivindicações do grupo, estão o fim dos despejos e remoções forçadas, a desmilitarização das polícias e democratização dos meios de comunicação.

Também no Rio de Janeiro, a Frente Independente Popular convoca, pelo Facebook, a Grande Manifestação Fifa Go Home! Não vai ter final!, com concentração às 13h, na Praça Saens Peña, também na Tijuca. O ato será contra os gastos públicos com a Copa, as remoções, a opressão de gênero e raça e segregação nos estádios. Na mesma hora e local, a Associação de Defesa da Favela Chapéu Mangueira se juntará ao protesto, com o slogan A Festa Nos Estádios Não Vale as Lágrimas Nas Favelas, contra a opressão histórica nas comunidades faveladas.

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* Zero Hora e Agência Brasil