Zero Hora entrevista o cineasta e ativista Flávio Rassekh, filho de iranianos e representante da organização United4Iran no Brasil. Rassekh é um dos principais estudiosos sobre o Irã, que nesta sexta-feira elege o sucessor de Mahmoud Ahmadinejad na presidência do país.
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Flávio Rassekh considera que independentemente de quem saia vitorioso nas eleições de hoje, poderemos esperar apenas mudanças quanto ao tom dos discursos do presidente. Mas as decisões presidenciais devem permanecer muito semelhantes:
– Todos os candidatos foram aprovados pelo Conselho de Guardiões, que está alinhado com o Aiatolá Ali Khamenei e não deixaria alguém de fora assumir. A boa notícia é que os atuais candidatos já estiveram no ocidente, diferentemente de Ahmadinejad, que nunca tinha saído do Irã antes de assumir a presidência – comenta.
Embora as pesquisas eleitorais não devam ser vistas como imparciais, as informações dão conta de que o conservador Mohamed Qalibaf, ex-prefeito de Teerã, deve vencer o pleito.
– Qalibaf foi o último prefeito de Teerã e segue a trilha de Ahmadinejad, que também havia sido prefeito da cidade, em alguns assuntos. Eu não me surpreenderia se Qalibaf, caso realmente vença as eleições, passe a adotar um discurso extremamente religioso e nacionalista também – salienta Rassekh.
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