A trajetória de Dom Angélico Sândalo Bernardino, primeiro bispo da Diocese de Blumenau, virou documentário. A obra mostra a atuação do religioso a favor dos direitos humanos na periferia da capital paulista. Intitulado Dom Angélico e o Grito do Povo, o projeto do Instituto Vladimir Herzog inclui ainda uma plataforma multimídia com a biografia de Dom Angélico, atualmente com 88 anos de idade.
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O filme de 47 minutos mostra a conexão da Igreja Católica com os movimentos sociais, apresentando imagens históricas de Dom Angélico em atos sociais reivindicando direitos. Traz ainda entrevistas com Paulo Freire, Frei Betto e outras lideranças religiosas. Apesar de o evento de lançamento estar marcado para a próxima semana, o material já está disponivel para o público na internet.
Parceiro de Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Angélico começou a trajetória de evangelização aos 40 anos, na zona leste da cidade de São Paulo. Ao lado do povo, denunciava a violência de Estado, marchava com os trabalhadores, estimulava a comunicação popular e lutava pelo direito à moradia. Em Santa Catarina, foi nomeado o primeiro bispo diocesano em Blumenau, em 2000.
Ele vive no interior de São Paulo desde que deixou o Vale do Itajaí, em 2009.
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Sobre a obra e o lançamento oficial
O documentário é dirigido por Rodrigo Siqueira, da produtora 7Estrelo, e tem uma proposta inclusiva, com versões com libras, legendas e audiodescrição. O evento de lançamento oficial será com uma exibição marcada para 27 de novembro, das 10h às 12h, na Faculdade Santa Marcelina, em Itaquera, região em que Dom Angélico atuava.
Em seguida, haverá um debate com o próprio Dom Angélico, o cineasta Rodrigo, o diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili, a socióloga Maria Victoria Benevides, Padre Paulo Bezerra, a pesquisadora Renata Eleutério, o advogado e militante da União Nacional por Moradia Popular Edilson Mineiro, e outras lideranças de movimentos sociais.
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