A bióloga Ana Paula Maciel é a primeira ativista do Greenpeace detida na Rússia a deixar a prisão após o pagamento de fiança. A informação foi divulgada pela organização.

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A corte de Primorsky, em São Petersburgo, concedeu o direito à fiança à bióloga na terça-feira, no valor de 2 milhões de rublos (R$ 140 mil). Segundo a ONG, Ana Paula deixou o centro de detenção, mas as condições de sua liberdade provisória ainda não são totalmente conhecidas, segundo o Greenpeace.

– A visão de nossa querida amiga Ana Paula, saindo pelos portões daquele centro de detenção é algo que milhões de pessoas ao redor do mundo irão abraçar como um sinal de esperança. Esperança que 29 outros bravos homens e mulheres logo a seguirão, esperança que eles possam ver logo seus familiares, esperança que sua mensagem sobre a fragilidade do bonito Ártico será um dia atendido. Ela foi detida a mão armada há dois meses e, desde então, ficou atrás das grades, apartada de seus entes queridos, trancada 23 horas por dia, tudo por fazer parte de um protesto pacífico. Mas ela ainda está sendo acusada de um crime sério, ela poderá ainda passar anos na cadeia, enquanto seu amigo Colin (australiano) teve o direito à fiança negado. Nenhum de nossos integrantes estarão totalmente livres até que estejam de volta para casa, com seus familiares – declarou o diretor executivo do Greenpeace International, Kumi Naidoo.

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A justiça russa decidiu libertar nesta quarta-feira, sob fiança, três outros militantes do Greenpeace detidos durante uma ação da organização de defesa do meio ambiente no Ártico, elevando a quinze o número de ativistas libertados.

Em contrapartida, o australiano Colin Russel teve a sua detenção prorrogada até 24 de fevereiro, no primeiro dia de audiências.