Um estudo publicado esta semana pela revista científica Nature Geoscience indica que há provas de que a atividade vulcânica desenvolvida sob as geleiras no oeste da Antártida influencia na circulação do gelo e na estabilidade dessas placas. A pesquisa ressalta as importantes conseqüências que a descoberta de um vulcão recém-identificado sob essas placas têm para a futura estabilidade das camadas de gelo do oeste da Antártida.

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O vulcão subglacial das Montanhas Hudson entrou em erupção pela última vez há 2,3 mil anos e, segundo a pesquisa, “afetou provavelmente, naquele momento, o fluxo de gelo da região”. A descoberta também tem conseqüências relevantes para “o entendimento da estabilidade passada, presente e futura da placa de gelo no oeste da Antártida”, segundo os especialistas.

Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores Hugh Corr e David Vaughan usaram informação coletada por técnicas de radar e colhida em vôos realizados sobre a Antártida. A equipe identificou uma grande camada de cinza vulcânica que jazia enterrada sob o gelo.

O aumento do calor que emanava dessa erupção poderia ter causado, segundo o estudo, o derretimento das placas de gelo que estavam ao redor, o que poderia ter motivado um aumento no fluxo de outras geleiras próximas.

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